Ainda Estou Aqui, de
Walter Salles, fez história ao receber na quinta-feira (23/1) três indicações
ao Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Fernanda Torres
como Melhor Atriz.
É a primeira vez que um filme
brasileiro é indicado como melhor filme, a principal categoria do prêmio mais
importante do cinema.
O mais perto que o Brasil havia
chegado de uma indicação na categoria foi com O Beijo da Mulher
Aranha. O longa de Hector Babenco, falado em inglês e uma coprodução
com os Estados Unidos, disputou o Oscar de Melhor Filme em 1986.
Ainda Estou Aqui entrou
assim para o rol de filmes brasileiros indicados ao Oscar, como O
Pagador de Promessas, em 1963, O Quatrilho, em
1996, O Que É Isso, Companheiro?, em 1998, e Central
do Brasil, em 1999, Cidade de Deus, em 2004, dentre
outros.
O filme de Valter Salles teve o
segundo maior número de indicações recebidas por uma produção nacional — o
mérito foi de Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, que recebeu
quatro: direção, roteiro adaptado, montagem e fotografia.
Esta é a segunda vez que Salles é
indicado ao Oscar. A primeira foi com Central do Brasil, que
concorreu como Melhor Filme Internacional.
Fernanda Torres repete o que sua
mãe conseguiu naquele ano, indicada como melhor atriz como protagonista
de Central do Brasil.
Fernanda interpreta Eunice Paiva,
a mulher do deputado Rubens Paiva, que é assassinado pela ditadura
militar, e mostra como ela e seus cinco filhos atravessam essa crise.
"A vida é incrível, porque
às vezes esses momentos de terrível dificuldade acabam formando seu
caráter. E é o que eu acho que aconteceu com a Eunice", disse a atriz à
BBC News Brasil.
A indicação veio após ela
ganhar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama.
A vitória foi uma surpresa para
muitos críticos e boa parte do público, batendo nomes de peso como Demi
Moore, Nicole Kidman e Kate Winslet
À BBC, Fernanda, que já
ganhou vários prêmios ao longo da carreira e é uma das atrizes brasileiras mais
reconhecidas no exterior, manteve a modéstia.
Ela já considerava um feito e
tanto ganhar o Globo de Ouro, equiparável a escalar a segunda montanha mais
alta do mundo, e estava um pouco cética sobre a indicação ao Oscar.
O bolsonarismo pregou o boicote ao filme, como sempre esse pilantras só fazem merda.
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