O STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou que as provas encontradas nos planos do golpe demonstram “uma extrema periculosidade dos agentes”. A Corte ainda caracterizou o general Braga Netto (PL), que foi preso neste sábado (14.dez.2024), como “um agente apontado como integrante de articulado grupo criminoso”.
O ex-ministro da Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo da Operação Contragolpe, que investiga o planejamento de uma tentativa de golpe e de homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O militar foi preso pela manhã em sua residência em Copacabana, bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Foi levado para a sede da Polícia Federal e logo após para a Vila Militar, na zona oeste da capital. Passará por uma audiência de custódia às 14 horas por videoconferência.
Segundo o relatório da PF, Braga Netto teria participado dos seguintes atos:
- Teria chefiado um suposto gabinete de crise a ser instaurado após a execução do plano golpista a fim de realizar novas eleições;
- Teria aprovado o planejamento operacional do golpe em 12 de novembro (reunião em sua residência);
- Teria articulado redes de inteligência e estratégias de comunicação para conquistar apoio nacional e internacional; Teria feito parte dos núcleos de Incitação Militar e o de Oficiais de Alta Patente e Apoio;
- Coordenou ações ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (“kids pretos”);
- Entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as operações golpistas
- Tentou obter dados sigilosos do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Teve ação efetiva na coordenação das ações clandestinas para tentar prender e executar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Poder 360
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