O casal, uma babá e os quatro filhos estavam em um carro quando sofreram uma colisão frontal com um caminhão em Brasileira (PI), na última quinta-feira (05).
Miller Martins da Rocha, de 36 anos, morreu nesta segunda-feira (09), quatro dias após seu filho Rafael, de 2 anos e sua esposa, Waldênia Rocha Meneses, de 34 anos. O casal, uma babá e os quatro filhos estavam em um carro quando sofreram uma colisão frontal com um caminhão na quinta-feira (5), na BR-222, em Brasileira, a 181 km de Teresina.
"Pra família é uma perda irreparável. Meu irmão era uma pessoa impecável, em termos de irmão, de pai de família, de amigo. Ele vivia pra família dele. O evento dele era estar com a família, com a esposa. E pra nós é uma perda que irreparável, uma dor que a gente nem sabe se um dia vai conseguir superar", disse o irmão de Miller, Millon Martins, advogado de 39 anos.
As três crianças sobreviventes - duas meninas de 10 e 3 anos e um menino de 6 - já receberam alta e estão bem, segundo o irmão.
A Prefeitura de Antônio Almeida, a 398 km da capital, publicou uma nota de pesar lamentando o falecimento de Miller (leia a nota no final da reportagem).
Legado na família
Em entrevista a repórter Josiane Sousa, da TV Clube, Millon Martins contou que o irmão mais novo estava em Fortaleza (CE) com a família de folga durante uma semana. Durante seu retorno para casa, o acidente aconteceu. A causa da morte foi hemorragia interna nos pulmões e problema renal.
Apesar de morrer jovem, Miller deixou um legado, segundo o irmão.
"Uma pessoa que se dedica a família, que tem seus comportamentos conservadores, que é um bom cidadão, que ajuda o próximo. O meu irmão todo o final de semana, dia de domingo, comprava 40, 50, 60 quentinhas, chamava a gente para ficar distribuindo para os moradores de rua da cidade. Então assim, é um legado irretocável, de uma pessoa que durante os 36 anos de vida eu não vi fazer mal a uma pessoa, eu não vi ninguém questionar o caráter dele, então tudo isso para mim é um legado que eu vou ter muito orgulho de contar", disse.
Conforme Millon, família já sofreu uma grande perda por acidente no trânsito. O pai de Millon e Miller morreu em 2016. O advogado contou que a família se reaproximou mais depois disso. Dando valor à vida e encontros familiares.
"A morte do meu pai com 55 anos também trouxe a dor e trouxe a união ainda mais da família, a gente conseguiu ainda ser mais forte espiritualmente e conseguiu estar mais conectado justamente pela dor da perca do pai, creio que esse desastre [perda do irmão, cunhada e sobrinho] também vai trazer esse tipo de união e de força ainda mais", afirma Millon.
Sobre os três filhos do casal que sobreviveram ao acidente, Millon disse que a mais velha, de 10 anos pergunta todos os dias pelos pais, mas já sabe que eles morreram e foram "morar com o vovô no céu". O filho do meio, de 6 anos, também chora pela perda dos pais e sabe que eles não voltam mais.
A filhinha de 3 anos, ainda não entende o aconteceu. Millon disse que ele, os avós maternos e a avó paterna vão cuidar e amar as crianças. "A gente vai tentar dar aquele apoio necessário, dizer que não vai faltar amor, não vai faltar carinho, a gente não tem como substituir sua mãe, mas a gente vai dar todo amor que for necessário do mundo", afirma.
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