A mineradora canadense Aura Minerals está prestes a transformar o cenário da mineração no Rio Grande do Norte com o projeto Borborema, localizado no semiárido potiguar. A iniciativa prevê a extração de 815 mil onças de ouro ao longo de 10 anos, com investimentos de US$ 188 milhões. No entanto, o potencial da mina pode dobrar para 1,6 milhão de onças se a empresa conseguir liberar um trecho da BR-226, que passa sobre um rico depósito do metal precioso.
Oportunidade Bilionária
O estudo de viabilidade da Aura Minerals revelou que o depósito sob a rodovia federal, próximo a Currais Novos (RN), possui um potencial de ouro avaliado em cerca de US$ 2,2 bilhões na cotação atual. Esse cenário transforma a estrada em um ponto estratégico para a expansão da mineradora, que já detém a propriedade da área.
“Se conseguirmos liberar a estrada, a gente sobe automaticamente das 815 mil onças para 1,6 milhão de onças, o que vai dobrar essa operação”, explicou Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals.
Negociações com o Governo
Para viabilizar a exploração, a mineradora está em negociações com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes. A proposta inclui a remodelação de um trecho de seis quilômetros da rodovia, com investimentos entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões, a serem custeados pela própria empresa.
Segundo Barbosa, o projeto técnico está avançado e pode ser aprovado já no primeiro semestre de 2025. “Vamos financiar a construção. O desenho está em discussão. O projeto já está perto de alcançar o nível de atendimento a todas as determinações do Dnit”, afirmou o executivo.
Próximos Passos
O projeto Borborema está em fase de conclusão e entrará na etapa de ramp-up (início do processo produtivo) no primeiro trimestre de 2025. A operação comercial plena está prevista para o segundo semestre do mesmo ano. Caso o acordo com o Dnit seja concretizado, a Aura Minerals poderá elevar significativamente sua produção e consolidar o projeto como um dos mais importantes da região.
A concretização desse plano não apenas ampliará a produção de ouro, mas também trará impactos significativos para a economia local, reforçando o papel do Rio Grande do Norte como uma área estratégica para a mineração no Brasil.
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