Conteúdo investigado: Publicações que afirmam que a China comprou a maior reserva de urânio do Brasil. Os posts dizem que a mina é rica em minerais como estanho, nióbio, tântalo e elementos de terra raras, usados para construção de equipamentos eletrônicos, e que a negociação foi fechada por R$ 2 bilhões. Uma das peças afirma ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “está entregando todas as nossas biodiversidades, territórios, fauna, flora, minérios e a nossa soberania aos chineses”.
Conclusão do Comprova: Não é verdade que a China tenha comprado a maior reserva de urânio do Brasil e nem que o governo chinês possa explorar o minério. A empresa China Nonferrous Trade (CNT), subsidiária de uma estatal chinesa, adquiriu por US$ 340 milhões (R$ 2 bilhões) uma mina na região da hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus (AM), que pertencia à mineradora Taboca.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) esclareceu, por meio de nota, que a Mina de Pitinga, onde está localizada a mineradora Taboca, se dedica à extração de cassiterita, nióbio e tântalo, além de produzir estanho refinado. “Embora a área explorada contenha resíduos de urânio, esses resíduos são descartados e monitorados, de acordo com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB)”, disse o órgão.
Por meio de nota enviada ao Estadão, membro do Comprova, a INB esclareceu que “não foi realizada nenhuma venda de mina de urânio na região de Pitinga, no Amazonas, conforme divulgado em alguns veículos de comunicação”.
O que aconteceu, na verdade, foi a venda de uma mina de estanho que existe no Amazonas, informou a estatal. Trata-se de uma das maiores minas do mundo e que tem como subproduto ferroligas de nióbio e tântalo. “Além disso, a operação gera um resíduo que contém urânio, que é monitorado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Não há produção de urânio no local”, destacou o órgão.
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