Jackson Damião Odilon da Silva, de 25 anos, foi morto durante uma blitz no bairro de Felipe Camarão, Zona Oeste de Natal, na noite de domingo (3). Depois de ferido, ele chegou a ser socorrido para o Hospital Walfredo Gurgel, mas acabou morrendo.
Um amigo de infância, que por uma questão de segurança não será identificado, conta que Jackson trabalhava como mecânico em uma oficina, ajudava a cuidar da mãe doente e morava com os pais e um irmão.
“Era gente boa demais. Ajudava a cuidar da mãe, que tem problemas de saúde. Por isso a revolta da comunidade. O pessoal chegou na casa dele, mas não teve coragem de dizer que ele tinha morrido, levaram ela para o Walfredo”, conta nossa fonte.
Antes que os ônibus fossem incendiados, o morador do bairro de Felipe Camarão conta que todas as pessoas foram tiradas de dentro dos coletivos.
“Fecharam a rua onde foi feita a blitz. Disseram que ele estava armado, mas ninguém aqui nunca viu ela se envolver com nada de errado. A vida dele era trabalhar e cuidar da mãe, a única coisa a mais que ele tinha era gostar de moto”, lamenta o amigo.
A versão da PM
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda (04), o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico Azevedo, afirmou que ainda não é possível saber se o tiro inicial que deu início ao tiroteio partiu da Polícia Militar ou da vítima e que uma arma foi apreendida com o homem.
Jackson não tinha antecedentes criminais. O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que vai apontar a causa da morte, ficará pronto em cerca de dez dias.
Serão realizados dois inquéritos, ao mesmo tempo, um aberto pela Polícia Militar e outro pela Polícia Civil.
Segundo Azevedo, os três policiais que estavam na viatura quando Jackson foi morto foram afastados de suas funções operacionais e estão apenas na área administrativa da corporação.
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