São Paulo — O vigilante Gilberto Nogueira de Oliveira, de 40 anos, que teve o pênis cortado pela esposa, Daiane dos Santos Faria, de 34, em dezembro do ano passado, no interior de São Paulo, negou qualquer possibilidade de vingança contra ela, a quem diz ainda amar muito. Pelo crime, Daiane foi condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de prisão – atualmente está na Penitenciária de Mogi Guaçu.
A possibilidade de vingança foi levantada quando o juiz do caso só liberou as visitas do marido à esposa presa no modelo parlatório, quando um vidro separa as duas pessoas e a conversa só pode ser feita por telefone. Segundo Gilberto, “não faz sentido” cogitar uma retaliação.
“Eu vejo várias postagens, mas eu falo: é uma coisa que não tem cabimento. Já são quase 11 meses que eu estou, além de tudo, tentando visitá-la na prisão”, disse o marido.
Na sequência, ele contou que ajuda a custear a equipe de defesa da mulher e que, apesar de não ter mais o pênis, tem uma vida “maravilhosa” e que, portanto, “jamais faria uma maldade dessas” [se vingar de Daiane].
Gilberto pontuou, inclusive, que jamais passou por sua cabeça fazer algum mal à mulher e que ficou do lado dela durante todo o processo, inclusive pedindo para que sua advogada não denunciasse a esposa por tentativa de homicídio.
Ele diz que perdoou Daiane e que ainda a ama:
“Eu só faço isso porque eu realmente quero voltar com ela. Eu amo ela. Jamais passou pela minha cabeça fazer algum tipo de mal para ela, e nem passa. Ela também me perdoa, mesmo as pessoas falando isso [possibilidade de retaliação] para ela”.
“Maravilhosa e amorosa”
Gilberto definiu a esposa como “uma mulher maravilhosa e amorosa”. O casal vivia junto havia dois anos na época do crime e, segundo o homem, o episódio foi “um ato de nervoso, de cabeça quente”. Ele ainda afirmou que Daiane cortou seu pênis porque “teve motivo” e admitiu que traiu a mulher com a sobrinha dela, uma garota de 15 anos.
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