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* Bolsonaro tinha ‘pleno conhecimento’ de planejamento para matar Lula, Alckmin e Moraes, diz PF.

 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito”, afirma a Polícia Federal.

A conclusão está no relatório de mais de 800 páginas tornado público nesta terça-feira (25) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PF, Bolsonaro tinha “plena consciência e participação ativa” nos atos clandestinos promovidos por aliados com o objetivo de abolir o Estado democrático de direito. O ex-presidente foi indiciado na última quinta-feira (22) por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

“Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022”, sustenta a PF, sobre a operação para matar Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

A PF chegou a essa conclusão após a análise dos registros de entrada e saída de visitantes no Palácio do Alvorada, além do exame do conteúdo de diálogos entre interlocutores e datas e locais de reuniões.

Segundo a PF, o golpe de Estado planejado por Bolsonaro e aliados “não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”.

No relatório, a PF afirma que as provas reunidas na investigação indicam que o grupo liderado por Bolsonaro “criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019”.

A falsa narrativa para lançar suspeitas em torno do sistema eletrônico brasileiro tinha dois objetivos, segundo a PF: “primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022”.

“Após o resultado do 2º turno das eleições presidenciais de 2022, o discurso de vulnerabilidades das urnas e de que havia ocorrido fraude eleitoral continuou sendo reverberado, inclusive, de forma mais incisiva com a representação eleitoral para Verificação Extraordinária peticionada pelo Partido Liberal, contendo dados técnicos inconsistentes, deliberadamente apresentado com ciência e autorização de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto”, sustenta a PF. O Globo

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