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* “Legítima defesa”: chefões do PCC foram mortos com 49 facadas.

 São Paulo – As defesas dos dois criminosos apontados como responsáveis diretos pelos assassinatos de dois chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), em junho deste ano, no Presídio de Presidente Venceslau, interior paulista, solicitaram à Justiça a anulação do julgamento.

Os advogados de Luís Fernando Baron Versalle, o Barão, usam a “legítima defesa” como argumento para a “absolvição” de seu cliente, o qual matou Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, com 36 facadas, além de degolá-lo por duas vezes. No pescoço da vítima, foram identificados dois cortes — de 16 e 18 centímetros.

Barão afirmou, por meio de seu defesa, que em 17 de junho estava no pátio do presídio para o banho de sol, momento em que seu parceiro de cela, Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, foi à barbearia onde prestava serviços, cortando o cabelo de outros presidiários.

Instantes depois, Barão disse ter ido até o local com o intuito de cortar o cabelo quando, juntamente com o barbeiro, foi supostamente ofendido por Rê que teria lhe dado com um tapa e “sacado um estilete”.

Ele afirmou ter se lavado do sangue da vítima, após golpeá-la dezenas de vezes. Instantes depois, acrescentou, teria sido interpelado por Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, que também estava supostamente armado com um estilete, no pátio do pavilhão. “Para resguardar a sua vida, o acusado foi forçado a reagir em defesa própria, em um ato de legítima defesa”.

Após o assassinato, ele procurou os funcionários da unidade para “entregar o objeto usado no conflito”.

Nefo e Rê, ambos de 48 anos, eram respeitados no sistema prisional por ocuparem cargo de liderança na sintonia restrita, uma célula de elite do PCC envolvida no plano, frustrado, para atacar o senador Sergio Moro (União-PR) e a família dele. O promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), também era alvo do bando.










Arma.

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