Luciana Araújo, conhecida como Nega de Neném Borges, vai disputar a prefeitura de São José de Campestre. A Justiça Eleitoral concordou com a defesa movida pelo advogado Cristiano Barros e concordou que ela poderia ser candidata em face do assassinato do marido, morto em um crime que chocou o Brasil.
O pedido de indeferimento da candidatura de Nega de Neném Borges havia sido movido pelo adversário político dela, Eribaldo Lima, que era o vice-prefeito de Neném Borges e acabou assumido a Prefeitura após o assassinato. Para a campanha dele, como Neném foi eleito em 2016 e reeleito em 2020, a candidatura dela poderia representar a permanência da família em um terceiro mandato, o que é proibido.
"O evento morte, especialmente quando ocorrida com significativa antecedência do processo eleitoral (dentro do prazo de desincompatibilização), põe termo à causa de inelegibilidade em pauta, citando os precedentes fixados no RE nº 758.461 (STF) e nos AgR-REspEl nº 0600403-51/PR e 177-20/MG (TSE). Por tudo isso, as impugnações devem ser julgadas improcedentes, devendo ser deferido registro da candidatura de Luciana Araújo Silva, considerando, ainda, que foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor, tendo sido preenchidas todas as condições de elegibilidade", apontou Francisco Pereira Rocha Júnior, juiz eleitoral do caso.
Luciana Araújo, a Nega de Neném Borges, é candidata ao lado da irmã do falecido, Joseilma Borg. O prefeito foi assassinado em abril de 2023, dentro de casa. O homem suspeito do crime, líder de uma facção local, foi preso meses depois. O motivo seria a interferência do prefeito na segurança da cidade, pelo fato dele apoiar as forças policiais locais no sentido de combater a criminalidade e o fortalecimento de facções.
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