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* Propina e precatórios: vereadora detona na Câmara denúncia que tira o sono de Allyson em Mossoró, RN.

As denúncias sobre o pagamento de propina para a liberação de precatórios estremeceram a Câmara Municipal de Mossoró. Na sessão desta terça-feira (10), a vereadora Marleide Cunha (PT) não economizou palavras ao levantar uma bomba política que foi ignorada pela maior parte da mídia local.

A vereadora trouxe à tona as acusações feitas nas redes sociais pela advogada Vanessa Karla, que afirma que o prefeito deve 12 milhões de reais em precatórios ao seu avô, gerando revolta pessoal. Em um vídeo polêmico, a advogada desafiou o prefeito com a pergunta: "Eu conto, prefeito? Tão pobrezinho, né? Mas meu avô está lá precisando de uma medicação e você devendo milhões a ele."

O jornalista Bruno Barreto também jogou lenha na fogueira, instigando o Ministério Público a investigar o escândalo, mencionando que o valor da propina poderia chegar a 5 milhões de reais. Em seu Instagram, o jornalista questiona por que até agora o caso não recebeu a devida atenção das autoridades: "As palavras-chave são: 'precatório', 'R$ 5 milhões' e 'propina'. Ou o Ministério Público decifra ou uma certa cidade continuará a ser devorada por uma gente gulosa".

A fala de Marleide Cunha durante a sessão da Câmara foi um recado direto: “Não vou fechar os olhos ao que está sendo denunciado. Nos vídeos, nas redes sociais, é uma acusação gravíssima de que o prefeito está cobrando propina para pagar precatórios. A pessoa diz que tem provas sobre isso. Se tem provas, é preciso investigar.” A vereadora ainda destacou que "só paga se levar alguma coisa em troca", dando a entender que a prática de corrupção pode ser mais frequente do que se imagina nos bastidores do poder.

Antes da vereadora terminar sua fala, o microfone foi cortado pelo vereador Raério Araújo, que presidia a sessão.

A acusação é séria e coloca o prefeito de Mossoró em uma posição delicada, sendo acusado de cobrar propina para liberar pagamentos que deveriam ser obrigatórios e, mais grave ainda, em casos envolvendo idosos com necessidade de medicação. A pergunta que fica é: quem terá coragem de enfrentar essa bomba? O Ministério Público vai tomar as rédeas da investigação, ou o caso será varrido para debaixo do tapete como tantos outros?

Com a pressão aumentando nas redes sociais e no plenário, o silêncio da maioria da mídia local apenas levanta mais suspeitas sobre o verdadeiro alcance da influência do poder.

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