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* Cristiano chama depressão de ‘câncer da alma’ ao falar sobre diagnóstico de Zé Neto e dupla suspende agenda de shows: “paramos para não ter um fim trágico”.

Após o anúncio da suspensão dos shows por 90 dias, Cristiano, da dupla com Zé Neto, fez uma forte desabafo em seu perfil nas redes sociais na noite desta sexta-feira (23) para se manifestar sobre a situação e o tratamento da depressão e síndrome do pânico do parceiro. A dupla, que estava escalada para a Festa do Peão de Barretos, foi substituída por João Bosco & Vinicius.

Não existia mais saída. Paramos para não ter um fim trágico“, escreveu o cantor Cristiano. O cantor revelou que Zé Neto enfrenta problemas de saúde mental há quatro anos e, diante da gravidade da situação, não havia outra alternativa senão interromper as atividades da dupla.

Cristiano descreveu a depressão como um “câncer da alma” e expressou sua preocupação com a situação que vem enfrentando ao lado do amigo: “Depressão é o câncer da alma. É algo que leva à morte, mesmo sem aparecer em nenhum exame. É uma doença que não escolhe cor, raça, gênero ou classe social. Ela vem quando menos se espera, sem uma causa determinada, resultante de uma somatória de fatores, principalmente o preconceito de terceiros e de si mesmo, por não assumirmos que estamos doentes, que precisamos de ajuda. Sorrimos mesmo destruídos por dentro para tentar mostrar que estamos bem, afinal, não aceitamos nos sentir fracos e vulneráveis. Somos treinados a nos importar mais com a opinião alheia do que com nosso bem-estar físico e mental”, diz um trecho da publicação.

“Ela afeta quem não se aceita como é, quem não sabe lidar com a perda, quem não se satisfaz, quem se perde no caminho e não sabe em que momento se perdeu, e quem não aceita que pode adoecer, mesmo tendo uma vida perfeita!”, continua.

A pausa nos shows, segundo ele, veio no momento certo para evitar uma possível tragédia: “Ele estava bebendo? Sim, muito, exageradamente, mas quando se está doente, alguma coisa precisa anestesiar aquela dor para seguir em frente. Alguns caem nas drogas, outros no álcool, outros no suicídio. Conseguimos parar a tempo de não evoluir para um fim trágico. Tirei um espinho da garganta, de sempre ter que fingir que está tudo bem, quando não está… Deveria estar triste? Não sei, mas estou feliz e aliviado por finalmente isso ser tratado da maneira que deve”, finalizou.

Deus ajude.

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