O homem suspeito de atirar no ex-presidente dos EUA Donald Trump foi nomeado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks.
Ele tinha 20 anos e era de Bethel Park, Pensilvânia, disseram os investigadores em um comunicado. Segundo a imprensa americana, Crooks era filiado ao Partido Republicano.
Mas, segundo o jornal The New York Times, ele também fez em janeiro de 2021 uma doação de US$ 15 ao Progressive Turnout Project, grupo que apoia candidatos do Partido Democrata, por meio de uma plataforma de doações do partido chamada ActBlue.
Ele se formou em 2022 na escola Bethel Park High, de acordo com o Pittsburgh Tribune-Review. Ele recebeu um prêmio de US$ 500 da National Math and Science Initiative, organização sem fins lucrativos que incentiva o estudo de matemática e ciências, segundo o jornal.
Seu pai, Matthew Crooks, de 53 anos, disse à emissora CNN que estava tentando descobrir o que aconteceu.
Trump foi baleado durante um comício na Pensilvânia. Agentes do Serviço Secreto retiraram o ex-presidente do palco após uma série de tiros. Trump foi visto com sangue na orelha e chegou a erguer punho depois de se levantar do chão.
Em seguida, ele entrou em um veículo e, depois de atendimento médico,retornou à sua casa em Nova Jersey. Ele está "bem" e é grato aos policiais, diz um comunicado publicado no site do Comitê Nacional Republicano (RNC).
O FBI afirma que está tratando o incidente como uma "tentativa de assassinato" contra Trump.
Em uma postagem em sua rede Truth Social, Trump disse que uma bala perfurou a "parte superior" de sua orelha direita.
"Eu soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump. "Houve muito sangramento, então eu percebi o que estava acontecendo."
O sangue estava claramente visível na orelha e no rosto de Trump quando os agentes o retiraram às pressas do comício.
A declaração do FBI acrescenta que o incidente é uma "investigação ativa e em andamento".
A polícia da Pensilvânia afirma que não há mais ameaças após o tiroteio.
O suspeito foi morto a tiros no local por um atirador do Serviço Secreto dos EUA, disse o porta-voz da agência, Anthony Guglielmi.
Ele acrescentou que um espectador foi morto no tiroteio e outros dois ficaram gravemente feridos. Todas as três vítimas eram do sexo masculino, confirmaram as autoridades posteriormente.
Atirador usava fuzil
Fontes policiais disseram à CBS News que Crooks estava armado com "um fuzil estilo AR" e disparou de um prédio a algumas centenas de metros de distância do local.
O agente especial Kevin Rojek confirmou que o FBI está tratando o tiroteio como uma tentativa de assassinato.
Ele acrescentou que Crooks não estava portando identidade e que os investigadores usaram DNA para identificá-lo formalmente.
O FBI ainda não se manifestou sobre o motivo da tentativa de assassinato.
Registros eleitorais estaduais mostram que Crooks era um republicano registrado, segundo a imprensa americana.
O candidato republicano à presidência tinha acabado de começar a se dirigir a seus apoiadores em Butler, Pensilvânia — um estado decisivo na eleição de novembro — quando os tiros começaram.
Os estrondos soaram enquanto Trump falava sobre o presidente Joe Biden, e sua administração. Vários apoiadores segurando cartazes, posicionados atrás de Trump, se esconderam quando os tiros foram ouvidos.
Espectadores que falaram com a BBC sugeriram que os tiros podem ter vindo de um prédio de um andar à direita do palco onde ex-presidente estava falando.
Uma testemunha - Greg - disse à BBC que avistou uma pessoa de aparência suspeita, parecendo um "urso rastejando", no telhado do prédio cerca de cinco minutos depois de Trump subir ao palco. Ele disse que apontou a pessoa para a polícia.
"Ele tinha um fuzil, podíamos vê-lo claramente com um fuzil", disse ele. "Estamos apontando para ele, a polícia está lá embaixo correndo pelo chão — dizemos: 'Ei, tem um cara no telhado com um fuzil' e a polícia não sabia o que estava acontecendo."
Tim, que também estava no comício, disse à BBC que ouviu uma "enxurrada" de tiros.
"Vimos o presidente Trump cair no chão e todo mundo começou a se jogar no chão porque era um caos."
Warren e Debbie estavam no local e disseram à BBC que ouviram pelo menos quatro tiros.
Eles disseram que os dois se deitaram no chão quando agentes do Serviço Secreto entraram pela multidão, gritando para que os participantes se abaixassem.
"Não podíamos acreditar que isso estava acontecendo", disse Warren.
Debbie disse que uma garotinha ao lado deles estava chorando por não querer morrer e dizendo "como isso está acontecendo conosco?"
"Isso partiu meu coração", disse Debbie. Terra
Trump.
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