O advogado de defesa, João Antônio Dias, afirmou que a tese de defesa do acusado já está montada. Na audiência de instrução, o juiz do caso vai ouvir Wendel Lagartixa, testemunhas de acusação e defesa, além da apresentação de provas.
“Vamos ouvir as testemunhas, que são os policiais rodoviários federais que participaram da ocorrência e o pessoal que estava com ele [Wendel] dentro do carro. A gente vai ter a cautela de aguardar o que vai ser dito para poder, em cima disso, concretizar o que a gente vem trabalhando”, afirmou o advogado. João Antônio Dias reforçou que a defesa vai pedir a absolvição do policial militar reformado.
Wendel Lagartixa foi preso em Vitória da Conquista, no dia 10 de maio deste ano, após uma abordagem de policiais rodoviários federais que encontrou uma arma irregular dentro do carro que o policial militar reformado viajava com familiares e um amigo. Segundo Lagartixa, o grupo viajava rumo ao Rio Grande do Sul para ajudar as vítimas das enchentes nas cidades gaúchas.
“A arma não era dele, não. A arma era do irmão dele. Isso já está provado nos autos através de documentos”, disse o advogado de defesa.
Relembre o caso
Wendel Lagartixa responde por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e fraude processual. O caso foi registrado no dia 10 de maio deste ano, em Vitória da Conquista/BA, quando o carro onde ele estava foi parado por policiais rodoviários federais. Dentro do veículo, além do PM reformado, estavam o irmão Felipe (motorista) e o sobrinho dele Raysandro, juntamente com o amigo sargento Belarmino.
Segundo registro policial, o carro foi parado em Vitória da Conquista, em posto da Polícia Rodoviária Federal da BR-116, por volta das 16h. Após a abordagem, os agentes encontraram uma pistola .40, de uso restrito, no banco traseiro do automóvel, embaixo de uma bolsa. Os policiais disseram que a localização da arma foi apontada por Wendel Lagartixa. Ele teria assumido que a pistola era de sua propriedade e não seria registrada.
O registro da ocorrência diz que, quando os agentes da PRF afirmaram que o caso seria comunicado ao delegado plantonista, Wendel Lagartixa passou a afirmar que a arma pertencia ao seu irmão, que conduzia o veículo. Os ocupantes do carro também teriam corroborado com a segunda versão.
Contradições nas oitivas dos ocupantes do carro foram consideradas pela autoridade policial para ratificar a prisão do PM reformado.
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