Breno Fernandes Silva, de 23 anos, foi preso nesse sábado (13/4), horas após a mulher trans Daniele Miranda Alves, 21, ser executada a tiros. O assassinato aconteceu minutos depois que ela e uma amiga se envolverem em uma discussão, em frente a um baile funk, na zona sul da capital paulista.
Os registros mostram que, em frente ao baile funk, na Avenida Andorinha dos Beirais, um grupo de homens discute com Daniele e a amiga dela. Ambas aparentam também exaltação.
Elas, porém, em nenhum momento, partem para cima dos homens. São eles que as agridem com chutes e socos. As amigas, de acordo com as imagens, somente tentam se defender.
A violência dura cerca de 40 segundos, ao ponto de Daniele ser derrubada no chão. Ela e a amiga, identificada como Rafahelly, conseguem fugir correndo do local.
Tiros à queima-roupa contra trans
Outra câmera registrou as amigas caminhando pela Estrada de Itapecerida, a cerca de 800 metros de distância do baile funk.
Quando ambas passam em frente a um estacionamento, às 7h37, um Volkswagen Ônix vinho, sem placas, emparelha com as amigas e o passageiro atira. A ação dura segundos e o carro é conduzido em alta velocidade para longe do local.
Daniele entra no estacionamento e se senta sob um gradil, enquanto a amiga mexe no celular, aparentemente pedindo ajuda.
A vítima conversa ainda um pouco com a amiga, até que desmaia. Ela morreu no local, sem tempo de ser socorrida.
Prisão em flagrante
O carro que aparece nas câmeras foi encontrado estacionado em uma rua das redondezas. Foi quando policiais localizaram Breno e o questionaram sobre o veículo.
Ele teria argumentado que o carro pertence ao seu pai. O veículo, acrescentou, “não era usado”, porque, segundo o suspeito disse à polícia, “não estava regularizado no Detran [Departamento Estadual de Trânsito]”.
As imagens das câmeras de monitoramento, obtidas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), mostram no entanto Breno embarcando no Ônix, após as amigas serem agredidas em frente ao baile funk.
Vídeo
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da discussão, a identidade dos outros envolvidos, assim como a do autor dos tiros.
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