Em atitude inédita e
surpreendente, a reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa),
professora Ludimilla de Oliveira, enviou nesta sexta-feira um documento ao
Conselho Universitário (Consuni) em que põe em dúvida à lisura da consulta à
Lista Tríplice da instituição.
Mais do que isso: garante que vai levar o caso à Polícia Federal.
No dia 5 passado, o
oposicionista Rodrigo Codes foi o primeiro colocado na disputa, tendo ela
ficado em segundo e Jean Berg Alves em terceiro.
No documento enviado ao Consuni, Ludimilla
elenca denúncia originada da Ouvidoria de que “alunos especiais de
pós-graduação estariam indevidamente na lista dos votantes” e solicita a
“necessária apuração dos órgãos competentes e da presidência deste Conselho
Universitário”.
Ela também questiona pontos do SigEleição,
sistema utilizado na maior parte das universidades federais. A própria Ufersa
utilizou esse mesmo método em 2020. À época, Ludimilla tirou em terceiro lugar
e foi nomeada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), sem qualquer
questionamento ao sistema eleitoral.
Por fim, ela garante que que vai encaminhar o
documento à “Polícia Federal para a devida apuração dos fatos”.
Essa atitude causa
estranheza, uma vez que ela a tomou numa decisão monocrática, antes mesmo da
Comissão Eleitoral averiguar e se pronunciar sobre a denúncia.
Já a Ufersa tem até o dia 01/07/2024 para
envio da Lista Tríplice ao Ministério da Educação (MEC). A posse deve ocorrer
em agosto.
No ano passado, o presidente Lula (PT) garantiu, em reunião com reitores de todo o país, que vai nomear o primeiro colocado, o que sepulta a expectativa de Ludimilla de se repetir o que ocorreu em 2020: ela ser nomeada sem encabeçar a lista. Saulo Vale
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