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* Menino escreve carta para juíza pedindo que padrasto seja seu pai.

 Uma história emocionante ganhou repercussão no Ceará na última semana, após Ângelo Ravel, um menino de 11 anos, escrever uma carta para a juíza do município de Quixeramobim, no Sertão Central do Estado, pedindo para registrar seu padrasto, o agricultor José Adilton, como pai.

A Defensoria Pública do Estado do Ceará divulgou em seu portal informativo na quarta-feira (14), que a Justiça reconheceu o vínculo afetivo da criança com seu padrasto. Dessa forma, Ravel passa a assumir o duplo parentesco jurídico, incluindo o sobrenome “Moraes” em seu nome e passando a ter os direitos de herdeiro legítimo.

Além disso, na certidão de nascimento de Ravel, constará o nome dos dois pais, o biológico, com quem não possui contato, e o afetivo, com quem convive há 7 anos.

Teresa Cristina Nunes, mãe da criança, explicou que, no começo, a família não esperava que fosse possível incluir o sobrenome do pai afetivo. “A gente não sabia que existia essa possibilidade (de incluir o duplo parentesco), a gente achava que só quando ele tivesse 18 anos, provavelmente, ele pudesse mudar”, contou a mãe.

Teresa explica que Ravel, teve conhecimento de que uma juíza estaria “distribuindo cestas básicas no interior” e logo perguntou se poderia escrever uma carta, pedindo para ser filho de José Adilton, e entregar à juíza. A mãe, de início, não acreditou que a estratégia pudesse funcionar, mas o menino insistiu e a carta foi escrita e entregue.

“Quando ele escreveu a carta eu pensei que não deveria entregar, porque ele ia se decepcionar, porque não ia dar certo… e foi totalmente diferente, né?”, reflete Teresa.

Atualmente, caso se tornou popular entre as pessoas da cidade e os colegas da escola de Ravel. “Ele diz que quando chega na escola os colegas falam, ‘olha o menino que passou no Fantástico’, ‘o menino da carta da juíza’”, conta.

“Quando eu fui matricular o Ravel aqui na escola nova, a moça chamou o nome dele, disse que era muito bonito e a já conhecia a história”, lembra de uma ocasião. E o carinho da cidade prossegue: “Hoje mesmo, eu fui para a cidade e uma mulher na loja me perguntou sobre ele (Ravel), perguntou como é que [tava] a situação da audiência e eu disse que tinha dado certo”, disse Teresa. Com informações: O povo

Afilhado e padrasto. 

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