A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável à quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado André Janones (Avante-MG) e de alguns de seus assessores parlamentares, conforme documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (14).
Janones é alvo de um inquérito no STF, iniciado em dezembro pelo Ministro Luiz Fux, a pedido da PGR. A investigação, que apura os crimes de peculato, concussão e associação criminosa, suspeita de desvios de salários no gabinete do parlamentar.
O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, assinou um parecer afirmando que o caso de Janones se enquadra nas possibilidades de quebra de sigilos, devido a “fortes indícios” de irregularidades.
O processo foi iniciado após parlamentares de oposição apresentarem notícias-crime contra Janones. O caso ganhou destaque quando o portal Metrópoles publicou um áudio de Janones solicitando a seus assessores o repasse de parte dos salários para cobrir prejuízos com a campanha eleitoral de 2016.
Os assessores que receberam o áudio de Janones ainda trabalham com o parlamentar e foram ouvidos pela Polícia Federal (PF) no caso. As quebras de sigilo dos envolvidos foram solicitadas devido a divergências nos depoimentos.
André Janones ainda não se manifestou sobre o parecer da PGR. Desde que o caso veio à tona, o parlamentar nunca negou a autoria do áudio, alegando que a mensagem seria uma espécie de “vaquinha” para cobrir gastos de campanha.
Em dezembro, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu um processo contra Janones, após representação do PL.
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