A investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de
Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder descobriu uma minuta golpista
previa prisão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e do
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Segundo as investigações, Bolsonaro pediu que os nomes de Pacheco e
Gilmar fossem retirados do texto, mas o de Moraes, mantido.
Segundo a PF, a agenda de Alexandre de Moraes era inteira detalhada para
que o ministro fosse acompanhado em tempo integral e, caso houvesse o golpe
militar planejado pelo grupo, ele pudesse ser preso.
Além disso, as investigações descobriram que militares da ativa pressionaram os que eram contrários ao golpe para
tentar fazê-los aderir, e que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid,
recebeu um pedido de R$ 100 mil para ajudar na organização de atos golpistas.
As informações constam da decisão que embasa uma operação deflagrada
nesta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo Jair
Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi obrigado a entregar o passaporte e proibido
de falar com investigados (veja mais sobre a operação abaixo).
São alvos de buscas
- General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
- General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- General Paulo Sérgio
Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- General Estevam Cals
Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe
do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Almirante Almir Garnier
Santos, ex-comandante-geral da Marinha (veja o que ele disse sobre
a operação);
- Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
- Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do
chamado “gabinete do ódio”;
- Ailton Barros, coronel reformado do Exército.
Foram presos:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro (preso na casa da namorada);
- Marcelo Câmara, coronel do Exército ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
- Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.
Clique aqui para ver quem são
todos os alvos da operação.
As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou que Bolsonaro
entregue o passaporte e não fale com outros investigados. O
advogado do ex-presidente disse que ele cumprirá as
ordens.
A investigação tenta elucidar a participação dessas pessoas nos atos do
dia 8 de janeiro, quando milhares de manifestantes invadiram e depredaram as
sedes dos Três Poderes (Planalto, Congresso e Supremo).
Segundo a PF, os investigados se uniram para
disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro com
objetivo de criar condições para uma intervenção militar que mantivesse
Bolsonaro no poder.
Ainda de acordo com a PF, o grupo se dividiu em dois grupos:
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