No dia 16 de fevereiro, uma sexta-feira, Jair Bolsonaro teve uma agenda incomum em São Paulo.
Sempre cercado por auxiliares e aliados, o ex-presidente foi sozinho ao encontro do também ex-presidente República Michel Temer.
O compromisso, sem testemunhas, ocorreu a pedido de Temer, que considerava grave o conteúdo da conversa para que fosse compartilhado com terceiros.
A preocupação do ex-presidente tinha razão de ser.
Antes do “olho no olho” com Bolsonaro, Temer foi procurado por ministros do STF. A Corte estava preocupada com o ato, ocorrido neste domingo, na Avenida Paulista.
De um ministro, Temer ouviu um pedido: seria importante que ele usasse a boa relação com Bolsonaro para levar um alerta.
Se Bolsonaro atacasse o Supremo ou seus ministros na manifestação, isso seria considerado um elemento concreto para sua prisão.
Se o discurso for provocativo, a Corte não terá outro caminho a não ser a prisão. Como ele confia no senhor, poderia procurá-lo para uma conversa?”, indagou um magistrado a Temer.
Defensor incansável da pacificação política no país, Temer entendeu a seriedade do momento vivido pela Nação e chamou Bolsonaro. Segundo interlocutores que tiveram conhecimento posterior da conversa.
Cadeia no tic, tac, tic, tac.
Temer foi direto:
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