O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou dinheiro para o exterior a fim de custear despesas enquanto aguardava o golpe. A informação da Polícia Federal foi divulgada pela coluna Radar, da revista Veja, nesta quarta-feira, 14. A quebra de sigilo bancário do ex-chefe do Executivo brasileiro mostra uma operação de câmbio no valor de R$ 800 mil.
De acordo com a Polícia Federal, a apuração desse assunto está ligada à venda ilegal de joias e presentes da Presidência da República pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a mando de Bolsonaro. A legislação, no entanto, prevê que presentes dados por governos de outros países devem pertencer ao Estado, não sendo permitida incorporação a patrimônio pessoal.
“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência no exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento”, afirma a PF.
Bolsonaro e aliados são alvos da operação "Tempos Veritais", que investiga esquema de tentativa de golpe de Estado. Também foram alvos de mandados de busca e apreensão os ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos.
Em meio a situação, o ex-presidente convocou apoiadores para ato na Av. Paulista, em São Paulo, no próximo dia 25. Esta será a primeira manifestação bolsonarista convocada pelo ex-chefe do Executivo brasileiro desde 8 de janeiro de 2023, quando seus apoiadores protagonizaram ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Veja
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