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* Traficante que cobrou R$ 1 milhão de empreiteira do Parque Piedade fugiu da prisão, invadiu fórum e mandou matar o próprio advogado.

O criminoso apontado pelas investigações da Polícia Civil como o responsável por ordenar a cobrança de propina para a realização das obras do Parque Piedade, na Zona Norte do Rio, está foragido desde que escapou do Complexo Penitenciário de Gericinó com dois comparsas no começo do ano passado. Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do 18, é considerado um criminoso de altíssima periculosidade pelas forças de segurança.

PM realiza uma operação na manhã desta quinta-feira (11) no Morro do 18, Caixa D'Água, Morro do Urubu, Saçu e Fubá, comunidades que ficam entre Quintino e Piedade, na Zona Norte do Rio. De acordo com informações do setor de inteligência da Polícia Militar, criminosos dessas comunidades estariam envolvidos na extorsão de R$ 1 milhão.

Segundo a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), Jean é o chefe do tráfico de drogas no Morro do 18. Ele tem 38 anos e é condenado ou réu em mais de 20 casos.

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/ MPRJ) destaca que a exigência de propina indica que os traficantes praticam extorsão nos mesmos moldes de milicianos

“Grupos armados como tráfico e milícia já vem adotando as mesmas práticas criminosas sobre a população nas áreas que atuam. A extorsão é uma delas. Essa conhecida prática miliciana de extorsão de dinheiro vem sendo agora adotada também pelo tráfico de drogas em comunidades do Rio de Janeiro”, disse o promotor Fábio Corrêa, coordenador do Gaeco do MPRJ, que investiga o caso.

Em janeiro de 2023, Jean do 18 escapou com dois comparsas da Penitenciária Lemos de Brito, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade.

O criminoso ficou preso por seis anos e fugiu com a ajuda de uma corda feita com lençóis – conhecida como teresa - jogada ao lado da base do Serviço de Operações Especiais, nos fundos do complexo de presídios. Atrás fica um lixão. g1

Perigoso.

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