A
técnica de enfermagem Maria Clara Barbosa Ramos, de
20 anos, encontrada morta em um matagal
após sair de uma festa no início do mês de novembro, em Fortaleza,
foi esfaqueada 109 vezes com uma faca de cozinha, conforme informações
divulgadas nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil.
Maria Clara é natural do Rio Grande do Norte e
estava na capital cearense a passeio. De acordo com a Polícia Civil, ela não
conseguiu contato com as amigas para voltar para casa, e aceitou convite de
Leonardo e da sua esposa para ir para o apartamento deles no Bairro Paupina, e
lá solicitar uma corrida por aplicativo.
Segundo as investigações, Maria Clara foi morta no apartamento do casal com uma faca de
cozinha. Uma das hipóteses é que a técnica de enfermagem tenha sido
morta por se recusar a manter relações sexuais com José Leonardo.
O principal suspeito do crime é José Leonardo da Costa
Damasceno, vulgo Leo ou Gordim, de 20 anos. Ele foi
preso nesta terça-feira (16) após se entregar à Polícia. Ele era considerado foragido desde o mês de
dezembro.
Maria Clara foi encontrada morta no dia 13 de
novembro. Ela foi vista pela última vez na madrugada do mesmo dia, quando saiu
de uma festa no Bairro Serrinha, em Fortaleza, na companhia de José Leonardo e
sua esposa, Maria Cavalcante.
De acordo com a polícia, após o crime, José
Leonardo chamou um vizinho, identificado como Carlos Henrique, e teria coagido
ele a ajudá-lo a descartar o corpo da jovem. Aos investigadores, Carlos afirmou
que, ao chegar ao apartamento de José Leonardo, já encontrou o suspeito
ensanguentado.
Os dois homens, então, levaram o corpo de Maria
Clara em um carro para o Bairro Sabiaguaba, onde o cadáver foi
encontrado. Segundo o laudo pericial, além das 109 perfurações de faca, a
vítima também estava com uma mordida na bochecha.
De acordo com Carlos Henrique, José Leonardo eram
quem estava dirigindo o carro e chegou a bater o veículo. Por isso, após
descartar o corpo, os dois pediram uma corrida por app e chamaram um reboque
para levar o carro batido a uma oficina.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu
a localização do veículo e, durante a perícia, encontrou dentro do carro
sangue, cabelos e a faca usada no crime.
A esposa de José Leonardo, Maria Cavalcante, alegou
à polícia que, durante o crime, estava dentro do quarto e não ouviu nem viu
nada. Uma análise da perícia, contudo, encontrou sangue em todos os cômodos do
apartamento do casal, inclusive no quarto onde Maria Cavalcante afirmou que
estava.
À TV Verdes Mares, o delegado Ícaro Coelho, titular da 10ª delegacia do
Departamento de Homicídios e Prevenção à Pessoa (DHPP), afirmou que José
Leonardo e sua esposa, Maria Cavalcante, serão indiciados por homicídio
qualificado com emprego de meio cruel e motivo torpe. Já o vizinho, Carlos
Henrique, será indiciado por ocultação de cadáver. g1
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon