Corpo nu e cor de mel. É essa a estética adotada pela cantora e atriz Lucy Alves, 37, para seu mais novo clipe de “Melaço”, já disponível nas plataformas de streaming e no YouTube. Nas imagens, ela aparece apenas com uma sanfona cobrindo os seios. “Eu vou me lambuzar no melaço do teu corpo/ gosto tanto de sentir esse teu gosto”, diz um trecho da letra.
Isso foi o suficiente para que começasse a receber críticas por sua “ousadia”, que de seis anos para cá vem mudando o estilo e a proposta de seu trabalho para uma vertente mais sensual, com mensagens de empoderamento.
“Esse clipe em que apareço nua gerou muitos comentários, alguns bons e alguns negativos, machistas”, avalia Lucy, que recentemente protagonizou a novela “Travessia”. “Não tem como não fazer um link com tudo o que vivemos agora, essa temática que ainda persiste de julgamento do corpo feminino. É o preconceito de quem não entende arte. Sei quem sou e isso não me atinge”, afirma, em papo com o F5.
A artista lembra de casos como o da modelo Yasmin Brunet no BBB 24, cujo corpo tem virado assunto entre alguns participantes. E, para ficar só nos últimos dias, a participação de Paolla Oliveira no Fantástico, onde disse que não aguentava mais ter de usar filtros em suas fotos contra comentários maldosos.
“Se a mulher expõe mais o corpo, logo é julgada. A sensualidade para mim é inerente, natural, mas aprendi a filtrar machistas”, opina Lucy.
“Melaço” é a primeira canção de uma série de três que farão parte de um EP (disco com até seis faixas) que a artista pretende lançar nesta sexta (26) e que inclui uma música com Ivete Sangalo. “O que quis trazer foi uma batida gostosa para dançar coladinho, algo envolvente de verão, de Nordeste. É essa mistura de Bahia com Paraíba que fala de amor e sobe a temperatura”. A música é uma parceria dela com a compositora baiana Rachel Reis.
Desde que ficou nacionalmente conhecida após a final da edição 2013 do The Voice Brasil (Globo), Lucy diz que vem amadurecendo enquanto artista e que hoje se encontra num de seus melhores momentos.
E enquanto não surgem mais convites para novelas, ela quer se jogar na música. “Me considero uma artista múltipla. Consigo conciliar as carreiras. Se me chamar, eu vou”, conclui ela, que afirma estar “louca de vontade” de fazer cinema e de interpretar papéis bem distantes do que já fez até aqui.
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