O ex-deputado estadual Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), negou nesta terça-feira (13) ter sido o mandante da morte de Marielle Franco. “Não mandei matar Marielle”, afirmou o político em entrevista ao Metrópoles.
Domingos é citado nas apurações do caso Marielle Franco há mais de 3 anos, mas as investigações andaram pouco no período – até a entrada da Polícia Federal no circuito, em 2023.
De acordo com o site Intercept Brasil, Domingos Brazão teria sido delatado pelo PM reformado Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora, em 2018, num crime que também vitimou seu motorista, Anderson Gomes. A delação ainda não teria sido homologada pela Justiça. Ronnie Lessa foi o executor dos tiros que mataram a vereadora e o motorista.
Em entrevista ao Metrópoles, Brazão diz viver um drama injusto. “Mas não tira mais meu sono”, afirmou.
Para o político, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSOL”.
Membro de uma família de políticos, ele nega conhecer Lessa; Élcio Queiroz, que confessou ter dirigido o carro para o atirador no dia do crime; e a própria Marielle. Também faz questão de dizer que nunca teve relação com milicianos.
Brazão disse não temer a investigação, e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí.”
Sobre a hipótese de que a morte de Marielle Franco teria sido encomendada como um “recado” ai ex-deputado Marcelo Freixo, de quem a vereadora era próxima, ele afirma: “Estão dando superpoder ao Freixo, o que só interessa ao PSOL. Essas coisas não colam. O que eu posso dizer disso é que é uma grande bobagem. É um troço descabido.”
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