Duas professoras universitárias relatam serem vítimas de notícias falsas disseminadas nas redes sociais. Segundo as falsas acusações, as mulheres, que formam um casal, teriam submetido duas jovens, de 12 e 15 anos, a condições de trabalho análogas à escravidão em Parnamirim, na Grande Natal. Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte nega ter recebido denúncias relativas ao caso ou mesmo ter participado de qualquer operação de resgate das adolescentes.
A defesa das professoras, também em nota oficial, refuta as denúncias e promete entrar com ações judiciais contra os autores das publicações. A família relata ter recebido ameaças desde que a notícia falsa foi replicada em blogs e perfis policialescos na internet.
“Diante das ameaças sofridas, estão com receio de permanecerem em sua residência. Toda a situação foi gerada por uma pessoa mal intencionada, que responderá, penal e civilmente, pelos seus atos levianos. Providências judiciais estão sendo tomadas contra todos aqueles que divulgaram ou replicaram informações falsas sobre o corrido, bem como os que atentarem, de qualquer forma, contra a integridade física, moral e/ou desrespeitar o direito de defesa e a privacidade, que inclui a divulgação de imagens, tanto das mães quanto das crianças envolvidas”, informa a defesa do casal.
Durante o sábado (27), diversos sites noticiosos também replicaram a fake news, bem como expuseram a identidade das mulheres. Até a manhã deste domingo (28), as publicações com o conteúdo falso ainda não haviam sido retiradas do ar. As postagens relatavam uma operação da Polícia Civil e do Conselho Tutelar de Parnamirim para o resgate das duas adolescente de ambiente supostamente abusivo.
Ainda no sábado, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA/Parnamirim), esclarece que não conduziu operação de resgate relativa a trabalho análogo à escravidão no bairro em Parnamirim.
A polícia afirma que o caso em questão se refere a um Boletim de Ocorrência em uma cidade do interior, sobre suspeita de maus-tratos contra as adolescentes, ainda período anterior à adoção. A Polícia Civil esclarece que o caso não envolve as professoras universitárias.
A Polícia Civil repudia a exposição das adolescentes, da residência e das professoras na internet, reiterando seu compromisso com a verdade, a proteção das vítimas e uma investigação rigorosa em conformidade com a legislação brasileira.
“A instituição é comprometida com a verdade, na proteção das crianças e adolescentes vítimas, bem como com a investigação séria e dentro dos parâmetros da legislação brasileira”, encerra nota da Polícia Civil.
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