As notícias foram várias durante o ano de 2023 mostrando que o Governo Lula "escanteou" e "esvaziou" o Ministério do Meio Ambiente, chefiado por Marina Silva. A questão ambiental é, possivelmente, um dos pontos mais criticados por aliados e oposicionistas. Por isso, foi uma completa surpresa o choro de Lula ao lado de Marina Silva na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP28), neste sábado (2).
Segundo o presidente, ninguém melhor do que Marina, que nasceu na floresta e só se alfabetizou aos 16 anos, para falar do que a preservação da floresta.
“Eu acho que é justo que, para falar da floresta, ao invés de falar o presidente, que é de um estado que não é da floresta, a gente tenha que ouvir ela, que é a responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental que nós estamos fazendo no Brasil”, seguiu.
De volta ao Palácio do Planalto tendo o Meio Ambiente como uma das políticas principais, Lula colocou a antiga adversária Marina Silva no Ministério em uma jogada até elogiada inicialmente pela opinião pública. Contudo, Marina sofreu com a perda de espaços e de importância durante a gestão e o que antes poderia ser um trunfo, virou uma dor de cabeça e se traduziu em "rompimento" com alguns aliados, principalmente, aqueles que estavam nos holofotes: os artistas.
Afinal, foi desse setor que Lula ouviu críticas por promessas não compridas de campanha. Até o ator do Hulk, Mark Rufalo, foi para as redes sociais criticar a postura do presidente. É bem verdade que, diante do número de atores que apoiou o presidente, os que viraram as costas diante da política ambiental ainda pode ser considerado pequeno. A maioria, simplesmente, se calou, talvez por ter encontrado no presidente mais um integrante do grupo. Ou vai dizer que o choro na COP23 não pareceu encenação?
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