Uma família de Senador Canedo, na região metropolitana da capital goiana, denuncia que um bebê morreu dentro da barriga da mãe após ela ir à maternidade por três vezes e ser mandada de volta para casa. O caso aconteceu no domingo (10) e é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).
De acordo com a família, Ana Beatriz Nunes, de 23 anos, teve uma gravidez tranquila e tudo estava pronto para receber a filha em casa, no entanto, segundo o pai da criança, Rafael Martins, não por possível por “incompetência”.
“Nós viemos com tudo para voltar com a nossa filha nos braços e por incompetência deles não conseguimos”, lamentou o pai à TV Anhanguera.
De acordo com a tia da bebê e irmã de Rafael, Vanessa Martins, Ana Beatriz entrou em trabalho de parto na madrugada de domingo e, por volta das 7h, ela e o esposo foram até a maternidade. “Ela foi atendida às 8h, quando fizeram o exame de toque que constatou que a Ana Beatriz estava com 3 cm de dilatação e um sangramento, que disseram ser normal”, contou.
Apesar de estar em trabalho de parto e com sangramento, a mãe foi orientada a voltar para casa, ficar andando e voltar às 12h. “Eles só iriam internar ela quando a dilatação chegasse a 5 cm”, detalhou a tia. Ao voltar, a dilatação continuava em 3 cm e a mãe foi orientada a voltar para casa, almoçar e voltar às 14h para exames para ver os batimentos do bebê.
Segundo Vanessa, ao voltar no horário determinado, Ana Beatriz foi submetida a um exame para ver os batimentos do bebê e recebeu um remédio para cortar a dor. Durante o exame, as médicas viram que os batimentos do bebê estavam acelerados, mas disseram ser normal e pediram para ela voltar às 17h.
“[Às 17h] Chegou à maternidade, ela passou pela pela triagem de novo e, na médica, ela não ouviu os batimentos e mandou um ultrassom de emergência”, disse Vanessa, que lembrou o sangramento de Ana Beatriz desde a primeira ida ao hospital. Neste momento, as equipes informaram a morte da bebê e fizeram uma cesariana.
“Se tivesse feito a cesariana antes, isso não teria acontecido. Tem mulher que dilata só um pouco e não dilata mais. Se ela estava sangrando, deviam ter colocado ela em observação. Não tinham que mandar ela para casa. A gente confiou, pois eles são os médicos e deviam saber”, reforçou a tia.
Ainda de acordo com a tia do bebê, as equipes do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) suspeitam que a mãe teve descolamento de placenta e infecção de urina e que o cordão umbilical enrolou no pescoço da bebê. A família registrou um Boletim de Ocorrência (BO).
“Eles estão muito muito tristes. A mãe só chora e fica quietinha. O pai está com ela e só o desespero a todo momento”, finaliza.
Já a direção da unidade de saúde disse que seguiu a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Temos que esperar o laudo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para saber a causa da morte do bebê”, afirmou o diretor clínico da maternidade, Rogério Cândido, à emissora.
A Secretaria de Saúde de Senador Canedo informou por meio de nota que a mãe foi orientada a voltar para casa por não ter dilatação suficiente, no entanto, quando voltou, foi constatada a ausência de batimentos.
Informações da Secretaria de Saúde
A mãe recebeu atendimento, o último deles às 12:40 no domingo. Ainda não havia dilatação de cinco centímetros da mãe para fazer a internação e os sinais vitais do bebê eram normais. A orientação foi ir para casa e retornar à um negócio unidade entre duas e três horas depois. Quando buscou novo atendimento, já por volta das 18:30, foi constatada a ausência de batimentos. A informação é do Metrópoles.
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