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* Prefeito de Campo Grande têm contas reprovadas.

 A política campograndense ferveu na última sexta-feira (24), tudo isso porque o tão esperado dia da sessão que votaria a prestação de contas do prefeito Bibi de Nenca aconteceu. As mesmas já haviam passado pelo crivo do Tribunal de Contas do Estado, que após minuciosa análise detectou várias inconsistências, e por sua vez emitiu parecer favorável pela desaprovação. Aos vereadores cabia agora acatar o parecer ou ir contra o TCE.

E sem surpresas os 5 vereadores que atualmente compõem a base governista votaram a favor das contas, indo contra o entendimento do tribunal.

Talvez antevendo a possibilidade desse cenário durante seu terceiro mandato, desde o início da sua gestão Bibi de Nenca agraciou toda sua base parlamentar com diversos cargos e regalias, para assim garantir "maioria nas votações"; com vereadores contando com cargos de secretarias e coordenações, além das famosas bolsas sendo distribuídos desde a parentes, cônjuges e também correligionários. Onde numa conta rápida é possível elencar pelo menos 30 pessoas que fazem parte do círculo político/familiar dos  vereadores que compõem a base governista e que estão empregados em diversas pastas da gestão, uma verdadeira venda de indulgências para garantir a salvação do prefeito nessas horas.

Os vereadores que deveriam ser os fiscais da má gestão, adotando essa postura conivente acabam indo contra os princípios de sua função, além de dar um péssimo exemplo a população que depositou neles toda a confiança para a defesa dos interesses do povo perante o poder público, nesse caso fazendo vista grossa ao mau uso do dinheiro público.

Em tempo fica registrado que os únicos que votaram contra as contas de gestão acompanhando o parecer técnico do TCE foram os 3 vereadores  da oposição, juntamente com o presidente da casa, que aproveitou para anunciar seu rompimento com o atual governo local. Com esse resultado de 5 à 4 as contas agora devem ser remetidas novamente à instância do Tribunal de Contas que deve encaminhar o processo ao Supremo Tribunal que dará a sentença. Bibi precisava de pelo menos 6 votos a favor para ter os documentos aprovados na votação.

A postura da base aliada nesse episódio é um retumbante absurdo e só mais uma página negra da história política local, e do personagem "Bibi de Nenca" que outrora se vendia como homem honesto e de conduta ilibada, que a cada novo escândalo em que vê seu nome envolvido varre os cacos dessa máscara  para debaixo do tapete da impunidade, e para fechar abro parênteses para frase do saudoso Jô Soares ”A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa".

Será reprovado também pelo povo em 2024.

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