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* Viúva suspeitou da morte de marido por falta de resposta no WhatsApp: 'Amor? Estou preocupada'.

Nas últimas mensagens enviada para sua companheira, o motorista de aplicativo Waldir Ferreira do Carmo Neto, de 31 anos, mostrou que havia dado uma pausa nas corridas para almoçar e perguntou como ela estava. Waldir morreu no último sábado (7) em um acidente de moto na Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza.

Ele fazia uma corrida e levava, na garupa, o capitão-tenente Daniele Marino, médico italiano do navio "mais bonito do mundo", que estava em Fortaleza. Daniele também morreu no acidente.

Na troca de mensagens, Waldir perguntou se Ilana Beatriz, com quem estava junto há dois anos, já havia almoçado. Conforme a designer de sobrancelhas, Waldir constantemente perguntava da sua alimentação, pois ela tem diabetes.

"Ele mandou um vídeo dizendo que estava almoçando. E [disse] quando eu fosse almoçar eu ligasse que ele fazia o Pix para eu comprar meu almoço", contou Ilana ao g1.

A troca de mensagens ocorreu entre 11h e 11h06. Quando foi almoçar, às 12h25, Ilana ligou para Waldir, contudo, ele não atendeu. A companheira do motociclista costumava acompanhar as corridas de Waldir por meio de um app de rastreamento compartilhado entre os dois, como forma de segurança por conta de roubos.

Foi acompanhando a corrida que ela notou que havia algo errado. Waldir aceitou a corrida de Daniele e pegou o italiano no Bairro Cais do Porto, em Fortaleza, por volta do meio-dia de sábado. O destino era a Caucaia, onde estão pontos turísticos populares como a praia do Cumbuco, famosa internacionalmente pela prática de kitesurf.

No entanto, em algum momento na CE-085, na localidade do Garrote, Waldir e Daniele sofreram um acidente. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas.

“Eu soube do acidente pelo rastreamento da moto. Eu tinha um aplicativo no celular que ele deixava no meu e no dele. Mas só para saber em caso de roubo, furto”, explica Ilana. “Às 12:25 eu liguei e ele não atendeu. Aí eu imaginei que ele tivesse rodando, por isso que ele não me atendeu.”

“Eu voltei para o trabalho, em torno de 13h30, e nada de obter resposta. Quando eu olhei o rastreamento, a moto tava no exato local do acidente”, relembra. “Aí eu continuei, comecei a atender cliente, sentindo uma sensação estranha. O tempo todo apertava no celular e não tinha nenhuma notificação dele. Quando deu 16h19, eu liguei e ele não atendeu. Eu olhei de novo rastreamento da moto e a moto estava no mesmo local do acidente.”

Após notar que a moto não saía do lugar há horas, Ilana relatou à família de Waldir. Um irmão dele foi até o endereço onde a moto estava. Lá, encontrou um reboque da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e reconheceu a motocicleta de Waldir.

Quando conversou com o policial e se identificou, a polícia informou da morte do motociclista. Conforme a polícia, Waldir veio a óbito no local do acidente. Daniele, por sua vez, ainda estava vivo quando chegou socorro. Ele foi levado a um hospital e recebeu atendimento médico, mas não resistiu.

Waldir tinha 31 anos e era pai de uma menina de 12 anos, fruto de um relacionamento anterior. Ele havia começado a trabalhar como motorista de aplicativo há poucos meses, após deixar o emprego em uma casa de rações. De acordo com Ilana, Waldir tinha habilitação desde os 19 anos e nunca havia sofrido um acidente.

“Era uma pessoa boa, aonde ele chegava, contagiava todos. Apaixonado pela filha, pela família, apaixonado por futebol”, diz Ilana. Por sofrer de diabetes, a família preferiu não informá-la de imediato a morte de Waldir, com medo de que a designer passasse mal. Eles foram buscá-la no trabalho e só então relevaram o ocorrido. g1




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