A Polícia Civil da Paraíba investiga uma denúncia de assédio sexual registrada no município de Conde, Litoral Sul paraibano. O caso envolve dois servidores públicos da prefeitura do município. O suspeito do crime foi exonerado do cargo nesta segunda-feira (9). A denunciante, que preferiu não se identificar, conversou com Portal T5.
Em entrevista, a mulher revelou como começaram as importunações do colega de trabalho. ''Queria se meter na minha vida pessoal, falava que eu era muito bonita e quando ele chegava me agarrava por trás e me beijava no pescoço. Também me puxava pra sala dele e fechava a porta", declarou.
Segundo a vítima, o suspeito chegou a coagir os funcionários para ficarem a favor dele. A servidora, que conseguiu transferência no setor de trabalho, relata o prejuízo emocional causado. ''Fiquei afastada por duas semanas e hoje preciso tomar remédio, pois adquiri transtorno de ansiedade. Estou traumatizada''.
Além da Polícia Civil, a denúncia também foi protocolada na administração municipal, que abriu um procedimento administrativo, no dia 6 de setembro. Ao Portal T5, a assessoria de comunicação da cidade declarou que o processo administrativo está em andamento e a exoneração não tem ligação com o caso. A pasta informou ainda que não emitirá nota sobre "uma exoneração de rotina".
Denúncia também na Câmara
Nesta semana, o vereador Flávio Melo (PSB) pediu licença do cargo, durante sessão na Câmara Municipal. O político foi denunciado por estupro de uma adolescente de 14 anos. Na última quinta-feira (5), um vídeo em que o político oferece dinheiro em troca de sexo com a menina foi compartilhado na internet.
A solicitação de licença, sem remuneração, para tratar de assuntos particulares foi aprovada pelos vereadores. Nas redes sociais, o político apareceu em um vídeo mostrando o pé quebrado. Ele deve ficar fora do cargo por até 120 dias. No lugar de Flávio Melo, tomou posse o suplente Ednaldo Barbosa da Silva (PSB).
Na última semana, o vereador Luzimar Nunes (PSB), presidente da Casa, se pronunciou sobre a investigação da Polícia Civil da Paraíba contra Flávio. Foi informado que será aberto uma apuração interna dos fatos. "Reforçamos a população que o Legislativo Municipal coloca-se à disposição da Comunidade e que não compactua com qualquer tipo de transgressão ao ordenamento jurídico, de modo que, ao tempo em que for notificada, dará sequência aos trâmites legislativos necessários."
Denuncie
Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.
Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.
Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br
Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.7
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