Chefe da Casa Civil da
Província de Buenos Aires, Martín Insaurralde apresentou ontem à noite sua
renúncia ao cargo após a divulgação de fotografias e vídeos em que aparece com
uma modelo e influenciadora digital a bordo de um luxuoso iate nas águas do Mar
Mediterrâneo, na vizinhança de Marbella, Espanha.
Foi
Sofia Clerici, ex-capa da revista Playboy em 2012, que postou as fotos e os
vídeos em sua conta no Instagram. Ela é proprietária de uma marca de lingerie
que leva seu nome, fã de carros modernos e de viagens a locais exóticos. Nessa
história não podia faltar um Rolex que Clerici teria ganhado de presente de
Insaurralde
“Dias de paixão”, foi uma das mensagens que
Clerici escreveu antes de mencionar o nome de quem a acompanhava. Quando o fez,
a Argentina, às portas de uma eleição presidencial acirrada marcada para o próximo
dia 22, entrou em ebulição. A primeira pergunta que se impôs: quem pagou a
farra?
Uma
pesquisa divulgada na sexta-feira (29) levou boas notícias à campanha de Sergio
Massa, ministro da Economia e candidato do governo à Presidência: segundo os
números da Atlas Intel, ele aparece à frente de Javier
Milei, da extrema direita, e estaria praticamente garantido
no segundo turno.
Massa
tem 30,7% das intenções de voto contra 27,9% de Milei. Com tais percentuais, os
dois disputariam um segundo turno, mas a Atlas Intel mostra Patricia Bullrich,
candidata de centro direita e ligada ao ex-presidente Mauricio Macri, com 27,7%
das intenções, em empate técnico com Milei.
“Não
quero que minha situação afete o quadro eleitoral”, disse Insaurralde ao se
demitir. O partido no governo agiu rapidamente para se livrar de respingos do
escândalo. Mesmo assim, o assunto não morrerá tão cego. Milei e Patrícia não
deixarão que morra.
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