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* “Torturou a noite toda”, diz pai de médica assassinada por ex-prefeito bolsonarista

O médico cirurgião, ex-prefeito e ex-vereador da cidade mineira de Teófilo Otoni, Samir Sagi El-Aouar, falou pela primeira vez sobre a morte de sua filha Juliana Ruas El-Aouar, de 39 anos.

“Nós estamos arrasados, pensar que uma filha, de 39 anos de idade, médica psiquiátrica, com o futuro todo pela frente, uma filha maravilhosa, um amor de pessoa, de repente, é submetida a uma tortura, porque o aconteceu com ela foi tortura durante a noite toda”, desabafou.

“Houve taumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela, enfim, minha filha foi torturada até a morte. Mais um feminicídio neste pais, que eu espero, que se Deus quiser, não vai ficar impune”.

Juliana foi encontrada morta dentro do quarto de um hotel na manhã do último sábado (2), em Colatina, no Espírito Santo. O ex-prefeito bolsonarista de Catuji (MG) Fuvio Luziano Serafim (PL), de 44 anos, foi apontado como o autor do crime, que teria sido realizado com a ajuda do motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, 52 anos. Ambos foram presos.

“Ele já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento, e ele ameaçando para ela não sair, ele não aceitava a separação”, explicou o pai da vítima.

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Médica assassinada no ES e seu pai, Samir Sagi El-Aouar. 
Turma do Deus, Pátria e Família.
Casal.

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