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* Para desespero do bolsonarismo: Lula é ovacionado na ONU.

 Após 20 anos de sua primeira participação em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a discursar na abertura da 78ª edição do mais importante fórum internacional do mundo, em Nova York (EUA), nesta terça-feira (19). Desta vez, Lula retorna à ONU não só como chefe de Estado do Brasil, mas também como presidente do G20 e do Mercosul. 

"Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais", reforçou o mandatário logo no início de seu pronunciamento de pouco mais de 21 minutos. 

A "volta" a qual Lula se refere é o retorno do Brasil a um lugar de protagonismo na comunidade internacional após 4 anos do "apagão" e isolamento diplomático imposto ao país pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Em 2021, por exemplo, ao discursar na Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro usou boa de sua fala para defender teses negacionistas e o chamado o “tratamento precoce” contra a Covid-19 e chegou a falar em “ameaça socialista” no Brasil. À época, Tatiana Berringer, professora de Relações Internacionais da UFABC e integrante do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (OPEB), avaliou que a comunidade internacional recebeu o discurso do ex-presidente com "chacota" e que o então governo brasileiro estava "totalmente fora dos protocolos do mundo da diplomacia".  "A posição do Brasil na cena política internacional está em pleno declínio", disse a professora na ocasião. 

Com Lula de volta à cena internacional, levantando pautas consideradas relevantes na atual conjuntura, como combate à fome, desenvolvimento sustentável, justiça social e reforma dos mecanismos de governança global, o Brasil se impõe novamente como ator de relevância nas discussões sobre os desafios postos à sociedade. 

"O discurso de Lula, de certa maneira, sintetiza a busca do Brasil por justiça, por igualdade, por soberania e na defesa do multilateralismo, que são pautas históricas, são pautas necessárias, são pautas alinhadas a um governo progressista e necessárias neste momento histórico do mundo", analisou Tatiana Berringer.


O Brasil voltou.

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