O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição de Izadora
Alves de Faria, que confessou ter matado as duas
filhas afogadas e a facadas em Edéia, no sul de Goiás. O pedido
levou em consideração o exame de insanidade mental feito pela Justiça, que
concluiu que a mulher tem transtorno psicótico e não era capaz de entender que
seus atos eram errados durante o crime.
“A promotora responsável pela manifestação esclarece que o pedido está
de acordo com as normas técnicas e jurídicas, respeitando os devidos processos
penal e constitucional”, afirmou o MP-GO à reportagem.
Além da absolvição, também foi solicitado que Izadora seja incluída ao
Programa de Atenção ao Louco Infrator.
Crime
O crime aconteceu em setembro do ano passado. De acordo com o delegado
Daniel Gustavo, Izadora fugiu de casa após matar as filhas, Maria Alice, de 6
anos, e Lavínia, de 10. A polícia foi acionada após o pai chegar ao local e
encontrar as crianças mortas.
À Polícia Civil, o pai disse que encontrou as meninas mortas em um colchão, na garagem de casa, no Setor Samambaia. O crime chocou moradores de Edéia e, inclusive, os policiais que trabalharam no caso.
Mãe confessa crime
A mulher foi encontrada horas
após o crime com a ajuda de cães farejadores em um matagal próximo à casa. Ela
estava com sinais de tentativa de suicídio e, por isso, chegou a ser internada.
Izadora confessou aos
policiais militares que matou as duas filhas. De acordo com Daniel, a mulher
disse que envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas.
“No local do crime
havia elementos que levavam a crer que ela agiu dessa forma. Havia um frasco de
veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d’água cheia com uma
extensão [elétrica] ligada dentro, como se pretendesse eletrocutar”, descreveu
o delegado.
O delegado disse que, em depoimento, Izadora deu detalhes de como
cometeu o crime e em nenhum momento chorou ou demonstrou arrependimento.
“Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que
livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu”, disse o delegado.
Aos policiais militares, o pai das meninas contou que na noite anterior
ao crime, ele e Izadora teriam brigado e ela ameaçou tirar a própria vida e
matar as filhas.
“O pai falou que o relacionamento dos dois estava conturbado e ela
precisava fazer tratamento psiquiátrico porque não estava bem”, contou o
delegado. g1
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