Solange de Arruda Machado, mãe de santo e ativista da causa animal, conhecida como Done Solange D’Ogun, denunciou ter sido alvo de apedrejamento enquanto realizava um ritual religioso. O fato ocorreu na mata da Colônia Juliano Moreira, em Curicica, no Rio de Janeiro.
A mãe de santo postou um vídeo nas redes sociais para relatar o ato de intolerância religiosa ao qual foi vítima.
Solange e duas filhas de santo realizavam um ritual para ajudar uma pessoa doente, quando foram surpreendidas com pedras arremessadas em direção a elas e ofensas.
Entre as agressões verbais, ouviram “Macumbeiros miseráveis” e “Morre, macumbeira”. Por sorte, ninguém se feriu, porém, o caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
A mãe de santo relatou que sentiu ter sido escolhida para viver a intolerância religiosa na pele, para que fosse ainda mais forte na luta contra este problema.
“Foi assustador, ficamos com muito medo”, revelou Solange
“A gente nunca acha que vai acontecer com a gente. Eu vim aqui para alertar as pessoas que frequentam esses locais na mata, porque quem praticou esse ato, a gente tem que pensar que eles estão dispostos a tudo, porque as pedras jogadas eram imensas e poderia ter ocorrido um homicídio. Eu não sei o que leva uma pessoa a fazer uma coisa dessas”, disse Solange.
“O que aconteceu não foi apenas um caso de intolerância religiosa, mas sim uma tentativa de homicídio. Se uma daquelas pedras tivesse nos acertado, principalmente na cabeça, não tenho dúvidas de que não sobreviveríamos. Quem jogou as pedras ainda estava gritando: ‘Morre, macumbeira’. Não conseguimos ver quem era. Foi assustador, ficamos com muito medo”, revelou Solange.
A mãe de santo iniciou sua trajetória na umbanda quando tinha 14 anos. Há duas décadas possui seu próprio terreiro, que se localiza em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, de acordo com o site O São Gonçalo.
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