Dois irmãos foram sequestrados e torturados por oito dias em um julgamento paralelo — conhecido como "tribunal do crime", feito, principalmente, por lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), para julgar integrantes da facção que cometeram algum tipo de infração —, em Hortolândia, no interior de São Paulo.
De acordo com informações apuradas pela Record TV, a polícia recebeu uma denúncia anônima e foi até um carro estacionado no meio de um conjunto habitacional invadido. No veículo, os agentes encontraram sangue e acionaram reforço para revistar a região.
As imagens das câmeras corporais dos policiais registraram o momento em que eles revistam os apartamentos, até que, em um deles, começa uma gritaria. Quatro suspeitos são obrigados a deitar no chão. Dois reféns muito machucados são liberados.
As vítimas contaram aos agentes que ficaram oito dias sendo torturadas pelos criminosos e que haviam passado por sete cativeiros.
Segundo os policiais, os homens presos fariam um julgamento dos reféns, que são irmãos, e só estavam esperando o aval de criminosos de alto escalão da facção para executar a sentença.
O fato foi descoberto pelos agentes após eles conseguirem acessar uma conversa em um aplicativo de mensagens usado por integrantes do PCC.
Ainda segundo a polícia, o alvo era apenas um homem, porém, o irmão tentou resgatá-lo e passou a ser julgado no tribunal do crime.
Um dos suspeitos detidos foi solto porque a polícia não encontrou provas da participação dele no crime. Já os outros três foram condenados, mas tiveram autorização da Justiça para responder em liberdade.
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