O garoto de programa José Henrique Aguiar Soares, 22 anos, ficou conhecido nacionalmente na última semana depois de matar um professor universitário (e arquiteto) de 65 anos, em Goiânia (GO). O crime ocorreu dentro de um imóvel da vítima, que teria sido morta por estrangulamento (a polícia investiga se o docente foi dopado). Após toda a barbárie, o rapaz tentou acessar a conta bancária da vítima usando reconhecimento facial mesmo com o idoso já morto – o criminoso segurou a cabeça do professor por trás).
Mas antes desse crime bárbaro, Henrique, como era chamado, já deixava rastro de golpes e furtos por onde passava. Ele usava a simpatia e a sedução para conseguir o que queria, enganando amigos, namorados, familiares e até uma patroa que o tinha como filho.
Entre 2020 e 2021, o jovem trabalhou como garçom em um café de uma área nobre da capital de Goiás e conquistou os patrões ao ponto de ter acesso à conta bancária da empresa, por aplicativo de celular, por meio do qual desviou cerca de R$ 3 mil.
Uma ex-colega de trabalho dessa época disse que Henrique era muito simpático e atencioso. “Ele recebia gorjeta sempre! Era elogiado, tinha muitos amigos”, relatou, sob condição de anonimato.
Em relação aos patrões, ele angariou a compaixão deles contando uma história de vida árdua, infância infeliz e passado difícil, porque, segundo ele, teria sofrido abusos.
Nessa época, o jovem não se prostituía, mas confessava para os amigos que ficava com homens bem mais velhos por dinheiro. No entanto, isso seria apenas uma “diversão”.
Ao mesmo tempo, mantinha um namoro fixo com um jovem, com quem chegou a fazer uma tatuagem conjunta, de duas pessoas se abraçando. O relacionamento seria conturbado, com episódios de brigas e agressões físicas de ambas as partes.
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