A Controladoria
Geral da União (CGU), órgão de controle interno do governo federal, fez
uma auditoria em benefícios criados pela gestão de Jair
Bolsonaro (PL) no segundo semestre do ano passado e enviou os resultados
para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a apuração de possíveis crimes
eleitorais.
Os relatórios indicam que o governo
anterior pagou R$ 1,97 bilhão em auxílios criados para taxistas e
caminhoneiros. Ao apresentar esses dados, o controlador-geral da União,
Vinícius de Carvalho, lembrou que esses auxílios começaram a ser pagos em
agosto de 2022, às vésperas das eleições de 2022.
“O que me parece claro é que houve, sim, um
uso desses auxílios de maneira inadequada durante o período eleitoral. Seja
pela concentração como do ponto de vista do completo descuido com o desenho do
programa e com as pessoas que iam se inserir no programa”, afirmou o chefe da
CGU.
Auxílio Turbinado
Na investigação sobre a concessão de crédito
consignado do Auxílio Brasil, a CGU averiguou que somente a Caixa Econômica
Federal, responsável por 83% de todos os contratos de empréstimo celebrados,
forneceu mais de R$ 7,5 bilhões em crédito para quase 3 milhões de famílias no
período auditado.
Segundo a auditoria, 93% dos empréstimos
consignados aconteceram em outubro de 2022, entre os dois turnos da eleição
presidencial. Houve ainda irregularidades como empréstimos cujas prestações
ficaram mais caras do que 40% do benefício, o máximo permitido por lei.
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