Uma das pessoas mortas na operação policial em Guarujá, no litoral de São Paulo, Moacir da Silva Júnior, de 34 anos, teria sido executado e jogado no mato, segundo um familiar que preferiu não se identificar. Ao g1, nesta sexta-feira (4), ele contou que o homem trabalhava como ajudante de pedreiro e era pastor. "Só bíblia, a arma [dele] era essa".
Moacir morreu na comunidade Sítio Conceiçãozinha, em Vicente de
Carvalho, distrito de Guarujá, na última segunda-feira (31). O parente dele
contou à reportagem que, após ser baleado, o homem teria sido jogado no meio do
mato.
"Isso foi uma operação para acabar com o crime organizado em
Guarujá ou para acabar com vidas de inocentes?", questionou.
A família de Moacir ainda não registrou Boletim de Ocorrência sobre a
morte, segundo o parente, por medo dos policiais. "Não
é Operação Escudo, é operação 'chacina'. Ele foi uma das vítimas dessa
covardia".
Deixa esposa e dois filhos
Moacir deixa esposa e dois filhos, de 11 e 15 anos. "Infelizmente
tinha um vício [não quis informar qual], mas nunca fez nada de errado. O que
ele queria [ter] trabalhava para conquistar". disse.
"Uma perda que não passava pela nossa cabeça. [Ele] não podia ser
tratado da forma que foi e ser jogado no mato de qualquer jeito",
criticou.
Moacir foi sepultado na tarde de
quinta-feira (3) no Cemitério da Consolação em Vicente de Carvalho.
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