A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (9/8), em Santa Catarina, Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Jair Bolsonaro.
A prisão preventiva, que aconteceu em Florianópolis, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e faz parte de operação que apura o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022.
Além da prisão de Silvinei, a coluna de Igor Gadelha apurou que a Polícia Federal cumpre outros 10 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso, também autorizados por Moraes.
Silvinei é acusado de ter promovido, no segundo turno das eleições, blitze ostensiva e direcionada no Nordeste, região em que Lula tinha vantagem sobre Bolsonaro nas pesquisas. A PF instaurou investigação contra ele ainda em novembro do ano passado, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Desdobramentos no RN e outros estados
A mesma operação da Polícia Federal que prendeu preventivamente o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques também cumpriu 10 mandados no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. A ação desencadeada nesta quarta-feira (10) tem o objetivo de investigar uma suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.
São alvos, além de Silvinei:
Ainda como parte da operação, batizada de Constituição Cidadã, a Polícia Federal deve ouvir 47 membros da PRF.
Segundo a PF, os crimes investigados incluem:
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.
O inquérito para apurar essas operações da PRF em rodovias foi aberto ainda em novembro de 2022. Com informações do G1
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