O Ministério Público do Maranhão abriu uma investigação para apurar o show grátis e com entrada livre da cantora Manu Bahtidão que aconteceu no último domingo (23) no município de Estreito. A apresentação, paga com dinheiro da prefeitura, se tornou alvo da Promotoria por conter momentos de simulação de sexo entre os dançarinos e o público.
O show fazia parte do 'Ilha Cabral Verão 2023', evento anual que
acontece em uma praia de Estreito. A apresentação custou R$ 190 mil, segundo o Ministério
Público.
"O evento foi aberto ao público em geral, contando com a presença de inúmeros menores de idade no local, sem qualquer fiscalização ou adoção de medidas pelas autoridades locais", apontou uma portaria do Ministério Público, que instaurou uma investigação criminal do evento.
O Ministério Público também irá investigar a participação do
próprio prefeito de Estreito, Léo Cunha (PL), que aparece no
palco, com sinais de embriaguez, e recebe um lenço
passado nas partes íntimas da cantora (veja foto abaixo).
"Durante o show,
os artistas integrantes da banda Manu Bahtidão protagonizaram cenas de cunho
sexual em cima do palco, inclusive com a presença do Prefeito no palco, tendo
este, surpreendentemente, classificado o show como um dos melhores da história
do município em suas redes sociais e da Prefeitura de Estreito... (...) agindo
de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo", declarou o MP.
O MP investigará possíveis crimes de:
- infração
político-administrativa;
- fraude em licitação, decorrente à contratação do show, que teria sido feita sem
licitação;
- incitação às drogas.
Em um dos vídeos do dia do show postado nas redes sociais, o dançarino
Richarles Silva - que faz parte da banda Manu Bahtidão - aparece na casa do
prefeito e bebe uma garrafa com um líquido que ele chama de "cachaça com
maconha".
A bebida foi oferecida pelo produtor musical e marido de Manu Bahtidão,
Anderson Halliday.
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