Um homem de 24 anos, suspeito de estuprar a enteada de 11 anos, foi morto com golpes de barra de ferro, pedradas e pauladas na noite desta quinta-feira (27) no meio da rua, no bairro Grande Vitória, em Vitória.
Quando policiais chegaram ao local, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), mas o homem, que não terá o nome divulgado para preservar a identidade da criança, não resistiu aos ferimentos.
Segundo testemunhas, o suspeito foi morto porque estuprou a enteada de 11 anos e a menina contou sobre os abusos para a irmã mais velha.
"Ela ficou com medo de me contar. Ela não conseguia falar. Então, eu disse: 'se você não consegue falar, você pode escrever que eu leio'. Na hora que ela disse que precisava me contar alguma coisa eu já imaginei que era isso. Aí ela escreveu. Depois que ela escreveu, ela conseguiu falar algumas coisas me contando e chorando muito e perguntando se minha mãe ia acreditar nela", contou a irmã mais velha da menina.
Depois que a família descobriu, o tio da menina foi falar com o cunhado e os dois discutiram. Quando moradores ficaram sabendo, o homem tentou fugir. Ele chegou a pular do segundo andar da casa, mas foi agredido até a morte por traficantes.
A criança disse para a irmã que foi violentada quatro vezes pelo padrasto e os abusos começaram no ano passado.
"Não tenho certeza do tempo. Ela não me contou tudo. Foram quatro vezes. Uma no ano passado e três vezes este ano", disse a irmã da criança.
A mãe da garota saiu de casa depois do crime e só voltou na manhã desta sexta-feira (28). No momento que a filha mais velha dava entrevista para a TV Gazeta explicando o que tinha acontecido com a irmã de 11 anos, a mãe brigou com ela e defendeu o marido dizendo não acreditar que ele estuprou a enteada.
A irmã mais velha da criança disse que o padrasto já havia sido espancado na comunidade no ano passado por ter batido e quebrado o braço da mãe dela.
"Eles estavam juntos há aproximadamente um ano. A relação deles não era boa. Era muita briga o tempo todo, era muita porrada, muito medo também da gente", disse a irmã mais velha da menina de 11 anos.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. Nenhum suspeito foi preso e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto.
De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus),o homem morto possuía entradas e saídas no sistema prisional pelos crimes de tráfico e lesão corporal no período de dezembro de 2018 a março de 2022, quando foi solto por meio de alvará expedido pela Justiça. g1 ES
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