Uma ossada humana foi encontrada na manhã desta quarta-feira
(19) em uma área de mata no bairro Planalto, na Zona Oeste de Natal. A Polícia Civil suspeita que o corpo seja do sargento da Marinha, Gildo Machado de
Freitas, de 58 anos, desaparecido desde o dia 24 de abril deste ano.
Em diligências, a
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou buscas durante dois
meses em uma área delimitada após uma série de
elementos levantados durante a investigação. Por volta das 11h da manhã desta
quarta-feira, os
policiais encontraram a ossada enterrada em um buraco de aproximadamente um metro,
coberto por galhos de árvores.
O Corpo de Bombeiros Militar e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foram acionados ao local para a escavação e a retirada do material.
Segundo o delegado Cláudio Henrique, responsável pela
investigação, apesar do avançado estado de esqueletização do corpo, evidências
apontam que o corpo encontrado possa ser do sargento desaparecido.
“Com a ossada deu para
identificar apenas uma camisa e uma bermuda amarela. Uma amiga descreveu as
vestes que ele estava antes de desaparecer e é consistente com os vestígios
encontrados. Há uma boa possibilidade que seja ele”, afirmou.
Quatro dias após o
desaparecimento de Gildo, o veículo
dele, um Volkswagem Gol azul, foi encontrado em uma região perto do condomínio
Village de Prata, entre os bairros Planalto e Guarapes.
Até a descoberta da ossada, a Polícia Civil não tinha
confirmação se o militar esteve na área em que o carro foi encontrado ou se
seria apenas um local de abandono do veículo.
"Com o auxílio de
cães farejadores conseguimos identificar o cheiro de Gildo no local e próximo
ao veículo. Comprovamos que de fato ele esteve lá", ressaltou o delegado.
Sem detalhar a motivação para o crime, o delegado comentou que os
autores do crime podem ter relação com uma organização criminosa.
"Desde o início as investigações já apontavam uma enorme probabilidade de
um homicídio. Vários indícios fazem ligação com envolvimento de membros de uma
facção criminosa", pontuou.
O material encontrado foi encaminhado ao Itep e somente após o laudo,
que pode levar até 30 dias, será possível confirmar a identidade. g1
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