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* Gilmar Mendes diz que Deltan Dallagnol ‘já pode fundar igreja’ após ex-deputado relatar ‘chuva de Pix’.

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse neste sábado que o ex-deputado Deltan Dallagnol “já pode fundar uma igreja” depois da “chuva de Pix” que o ex-procurador da Lava- Jato afirmou ter recebido após ter o seu mandado cassado.

— Esses dias eu via o Dallagnol dizendo que, quando saiu da Câmara e estava no avião, começaram a chover Pix. É o novo contato com a espiritualidade, a espiritualidade do dinheiro. Certamente já pode fundar uma igreja —ironizou o ministro do STF, que ainda fez críticas à Lava-Jato, dizendo “às novas gerações” que o “modelo Moro-Dallagnol” não foi bem-sucedido. — Vamos salvar o Judiciário desse grande escândalo. Não acreditem que são o quarto poder. Porque não são —completou.

A fala do magistrado se deu em um evento do Prerrogativas, grupo que reúne advogados críticos à Lava-Jato e que apoiaram a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado. O encontro on-line era uma homenagem ao ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, que morreu em Brasília no último dia 2 aos 85 anos.

Ao citar o “Pix”, Gilmar se referia a um vídeo do dia 12 de junho em que Dallagnol agradece aos seus seguidores pelas doações recebidas após a cassação do mandato. Na publicação divulgada em suas redes sociais, o ex-deputado chama aqueles que contribuíram de “agentes de Deus em sua vida” e conta que desabafou com Deus sobre a preocupação em torno das condenações que vem sofrendo na Justiça e o possível impacto delas no patrimônio de sua família.

— Imaginei Deus respondendo o seguinte: quando foi, Deltan, que eu permiti que você e sua família fossem tocados? Quando você foi condenado a pagar mais de R$ 100 mil por conta do PowerPoint, eu não fiz chover mais de 12 mil Pix em menos de 36 horas na tua conta? Não foi mais de meio milhão de reais sem você abrir a boca para pedir? Quando você viu qualquer coisa parecida, homem de pequena fé? Não tema. Seja forte e corajoso — disse o ex-procurador da Lava-Jato. O Globo, por Bianca Gomes

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