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* Ameaçada e fora do país, ex-mulher de Lira pede exoneração de cargo no governo de Alagoas.

Jullyene informou ter pedido exoneração por ter não conseguido “comparecer para exercer plenamente o cargo” durante os últimos três meses

Jullyene Lins, ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi exonerada na quinta-feira (15) do cargo de assessora da Secretaria de Agricultura e Pecuária de Alagoas após afirmar em entrevista não morar em Maceió.

A declaração gerou a desconfiança entre adversários de que ela poderia ser funcionária fantasma, abrigada pelo governador Paulo Dantas, aliado da família Calheiros e adversário de Lira no estado.
Jullyene havia sido nomeada para o cargo de assessora especial com salário de R$ 10.527,00 em 16 de fevereiro deste ano. Quem assina a nomeação é o governador Paulo Dantas.

No último dia 6, no entanto, em entrevista ao canal no YouTube ICL, Jullyene declara não estar mais morando em Maceió. Ela afirma já ter sido ameaçada pelo ex-marido, que teria dito que “onde não há corpo, não há crime”.

“Ele tenta me silenciar de várias formas e é por isso que eu tenho essa necessidade de estar sempre indo de um local para outro que seja seguro. Eu não fico mais em Maceió, porque eu não posso caminhar na praia, porque eu tenho medo”, relata.

O Painel procurou a Secretaria de Agricultura para esclarecer se Jullyene dava expediente presencialmente, como era preenchida sua folha de ponto, e quais funções ela tinha na unidade. A assessoria de imprensa se limitou a responder que a assessora não fazia mais “parte de seus quadros”, com exoneração publicada no Diário Oficial.

Procurada, Jullyene informou ter pedido exoneração por ter não conseguido “comparecer para exercer plenamente o cargo” durante os últimos três meses.

“Por razões de conhecimento geral e amplamente divulgado pela imprensa nacional sobre a questão de segurança e riscos eminentes de vida, pedi para ser exonerada da função de confiança a qual me foi concedida”, respondeu.

Em 2006, Jullyene denunciou Lira por lesão corporal, após registro de ocorrência na Polícia Civil de Alagoas. Mas mudou seu depoimento cerca de dez anos depois, quando o processo estava no STF, e o deputado foi inocentado.

Posteriormente, em entrevista à Folha, Jullyene reafirmou as acusações e disse que Lira a agrediu fisicamente e depois a ameaçou para que mudasse um depoimento sobre as acusações que ela havia feito contra ele. O parlamentar nega as acusações. FOLHAPRESS

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