O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta sexta-feira (5) a prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres no 19º Batalhão da Polícia Militar, no Distrito Federal. “Não se faz necessária a transferência para o hospital penitenciário, conforme relatório médico e concordância da defesa”, disse o magistrado.
Moraes autorizou a visita, em caráter “estritamente pessoal”, de 38 senadores, entre eles Rogério Marinho (PL-RN) e Tereza Cristina (PP-MS), que também foram ministros da gestão Jair Bolsonaro. As visitas devem ocorrer aos sábados e domingos, conforme regulamentação da própria PM, e não se estende a terceiros “sob nenhum pretexto ou condição”.
Contudo, o ministro barrou a visita dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES), “tendo em vista a conexão dos fatos apurados no presente inquérito com investigações das quais ambos fazem parte”.
Segundo a decisão, os senadores que poderão visitar Torres estarão vedados de levar celular, máquina fotográfica, gravador, computador ou qualquer outro equipamento eletrônico. “Vedação de ingresso com mensagens dirigidas ao custodiado, de qualquer espécie”, acrescenta.
Mais de três meses preso
Em 14 de abril, Torres completou três meses preso. O político é suspeito de omissão em relação à invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. Desde que foi detido, o ex-secretário emagreceu 12 quilos, de acordo com o advogado dele.
Delegado da Polícia Federal, Torres está preso em uma cela especial no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), no mesmo terreno do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, Distrito Federal. A esposa e os advogados são os únicos autorizados a visitá-lo.
Fontes ouvidas pela reportagem relataram que Torres está “abalado emocionalmente” e “murcho”. Apesar do estado, ele tem dito aos aliados que está confiante no rumo das investigações. O círculo próximo ao ex-ministro garante que ele “não vai perder a esperança”. R7
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