A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Luis Marcos dos Reis, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para investigar transações entre ele e uma empresa com contratos do governo, diz a Folha.
Luis dos Reis foi um dos presos na Operação Venire, que apura fraudes em carteiras de vacinação contra a Covid.
As solicitações da PF, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes no fim do ano passado, têm como base as mensagens de Mauro Cid, que atuou como braço-direito do ex-presidente da República
Os investigadores encontraram indícios de transações suspeitas entre Luis dos Reis e a empresa Cedro Líbano Comércio de Madeira e Materiais de Construção. A companhia recebeu recursos federais durante o governo Bolsonaro por meio de contratos com a Universidade Federal do Espírito Santo, Instituto Federal de Tocantins e Codevasf.
“No mesmo período em que recebe da empresa, o ajudante de ordens de Bolsonaro aparece envolvido nas transações que são investigadas pela PF sob suspeita de desvio de dinheiro da Presidência por meio de Mauro Cid e a pedido de Michelle Bolsonaro”, escreve a Folha.
Segundo a PF, o assessor repassou valores para pessoas indicadas pelas assessoras de Michelle Bolsonaro. Entre elas, a tia da ex-primeira-dama, Maria Graces de Moraes Braga.
Luis dos Reis, ainda de acordo com a corporação, fez também três depósitos para Rosimary Cardoso Cordeiro, responsável por emitir um cartão de crédito utilizado por Michelle.
“Todas essas transações envolvem o custeio de despesas solicitadas pela ex-primeira dama e sob análise dos investigadores no inquérito das milícias digitais”, diz o jornal.
]A defesa de Jair e Michelle Bolsonaro nega que recursos da Codevasf tenham bancado as despesas da ex-primeira-dama.
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