Do G1 - Subiu para 201 o número de pessoas mortas em práticas de jejum extremo promovidas por uma seita religiosa no Quênia, informou neste sábado (13) a prefeita regional, Rhoda Onyancha. O total foi contabilizado após a descoberta de mais 22 corpos.
Os mortos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas. O fundador da igreja, Makenzie Nthenge, incentivou os seguidores a fazerem jejum total "para conhecer Jesus", segundo as investigações.
Rhoda Onyancha afirmou que 26 pessoas já foram detidas por envolvimento no caso, incluindo Nthenge, que foi preso em 14 de abril, após a descoberta das primeiras fossas.
Entre os detidos, estão também membros de uma "gangue de capangas", que vigiavam para que ninguém quebrasse o jejum ou tentasse fugir da floresta de Shakahola (local das mortes), acrescentou a prefeita.
Ela disse ainda ter recebido denúncias de cerca de 600 pessoas desaparecidas — algumas delas de aldeias próximas à floresta. Também afirmou que as buscas por outros corpos serão interrompidas por dois dias para reorganizar a investigação. A procura será retomada na terça-feira (16).
O que já foi encontrado
As necropsias feitas até o momento revelaram que a maioria das vítimas, incluindo várias crianças, morreram de fome, embora também haja indícios de pessoas estranguladas, espancadas ou sufocadas, segundo o legista do governo, Johansen Oduor.
Parte dos corpos localizados no início das buscas estava em uma vala comum na floresta de Shakahola, onde o grupo costuma se reunir para realizar cultos. Os investigadores chegaram à região após uma denúncia.
No dia 23 de abril, uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada e levada por autoridades a um hospital.
De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.
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