Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 25, a Polícia Civil trouxe novas informações sobre o brutal assassinato da professora Honorina Oliveira Costa, ocorrido em Cuité, no interior da Paraíba. Durante o evento, foi confirmado que o próprio filho da vítima, um adolescente de 17 anos, e sua namorada de 18 anos, confessaram ter cometido o crime.
Desde maio deste ano, o filho da professora encontra-se apreendido no Lar do Garoto, em Campina Grande, enquanto sua namorada está presa no Presídio do Serrotão. Ambos foram detidos após as investigações revelarem o envolvimento deles na morte da professora.
Segundo a Polícia, o jovem revelou que a motivação para o crime foi o ódio que nutria por sua mãe. Essa revelação surpreendeu a todos, uma vez que anteriormente o companheiro de Honorina, um policial militar chamado Antônio Abrantes, havia sido preso sob suspeita de participação no feminicídio. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, ele foi solto após o filho da professora e sua namorada confessarem a autoria do homicídio.
As autoridades revelaram que o adolescente tinha o desejo de matar a mãe desde 2018 e, dois meses antes do crime, compartilhou esse plano com sua namorada, que se prontificou a ajudá-lo. Além disso, a polícia confirmou que o jovem era usuário de drogas, o que pode ter contribuído para a deterioração de sua relação com a vítima.
Relembrando o caso
Honorina de Oliveira Costa, de 43 anos, desapareceu e seu corpo foi encontrado três dias depois em um açude de Cuité. O cadáver apresentava sinais de violência, com as pernas e mãos amarradas. Foi necessário o auxílio do Corpo de Bombeiros para realizar o resgate.
Na época, o corpo foi identificado pelo então companheiro, Antônio Abrantes, que posteriormente foi detido sob suspeita de envolvimento no feminicídio. Antônio era casado com outra mulher há 28 anos, mas mantinha um relacionamento extraconjugal com Honorina.
As investigações continuaram após a prisão de Antônio, e a Polícia Civil conseguiu avançar ao obter acesso ao celular do filho da vítima. Por meio da quebra de sigilo, descobriu-se que o adolescente havia utilizado o veículo da mãe para se dirigir ao local onde o corpo foi encontrado, conforme comprovado por imagens de câmeras de segurança.
Inicialmente, o jovem alegou à polícia que sua mãe teria saído de casa na noite do crime, informando que encontraria o companheiro para terminar o relacionamento. Essa informação, de acordo com a polícia, foi um dos fatores que levaram à prisão temporária do pai do adolescente. Entretanto, ao longo das investigações, a polícia descobriu que o jovem havia mentido em seu depoimento, o que levantou suspeitas adicionais sobre sua participação no homicídio.
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